As ações dos rebeldes sírios liderados pelo grupo islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS) trouxeram grandes mudanças. Eles capturaram cidade após cidade na estrada para Damasco, forçando Bashar al-Assad a fugir do país. Além disso, abriram as portas das prisões notórias do regime, onde mais de 100.000 pessoas desapareceram durante quase 14 anos de guerra civil. Muitos desses prisioneiros emergiram frágeis e livres, recebidos com lágrimas pelos familiares que não sabiam que estavam ainda vivos. Alguns tinham dificuldade em compreender que Assad estava fora; alguns haviam esperado muito tempo e até não tinham sido informados que ele tinha sucedido a seu pai, Hafez, que morreu em 2000. As Prisioneiras e Prisioniros Sírios: Uma História de Esperança e Desesperança
As Ações na Estrada para Damasco
Os rebeldes sírios liderados pelo HTS foram conquistando cidades uma após a outra na estrada que levava para Damasco. Essa ação foi uma grande derrota para o regime de Bashar al-Assad, que foi forçado a fugir do país. Isso abriu caminho para a libertação de muitos prisioneiros que haviam ficado presos durante muitos anos.
Essa conquista foi um marco na história síria e trouxe esperança a muitos famílias que haviam sofrido muito durante a guerra civil. Mas também trouxe muitas questões e desafios, pois agora a sociedade síria terá que lidar com as consequências dessa mudança.
A Libertação das Prisioneiras e Prisioniros
As prisões notórias do regime foram abertas, liberando muitos prisioneiros que haviam ficado presos durante muitos anos. Muitos desses prisioneiros emergiram frágeis e livres, recebidos com lágrimas pelos familiares que não sabiam que estavam ainda vivos.
Alguns casos foram especialmente surpreendentes. Por exemplo, Raghad al-Tatary, um piloto que se opôs a bombear a cidade de Hama durante a insurreição contra Hafez al-Assad nos anos 1980, foi liberado após 43 anos. Tal al-Mallouhi, que foi presa em 2009 por um blogpost criticando a corrupção do estado, foi encontrada viva. Esses casos mostram a importância da luta pela liberdade e pela justiça.
As Crimes do Regime
Os registros mostram que durante a guerra civil, o regime de Bashar al-Assad cometeu muitos crimes contra seus próprios povo. As prisões eram notórias por sua tortura e pela brutalidade. Muitos prisioneiros foram submetidos a métodos torturadores e muitos desapareceram sem deixar qualquer vestígio.
Os documentos revelados mostram que a segurança do estado considerava a prisão como uma forma importante de suprimir o dissídio. E como a guerra se aprofundou, a rede de segurança, centros de detenção e prisões se tornou notória por suas práticas brutais.
A Esperança e o Desespero
Para muitos, a liberdade dos prisioneiros é uma esperança. Mas para muitos outros, ainda há uma espera agônica, esperando contra todas as probabilidades que seus entes queridos fiquem vivos.
Em um grande terminal de ônibus no centro de Damasco, o ativista Abdulkafi al-Hamdo filmou-se reunindo famílias ansiosas que esperavam pelos carros e ônibus que estavam deixando os prisioneiros liberados no domingo. Uma mulher disse que seu filho tinha 18 anos quando foi pego em 2012 e que não ouviu ou viu nada dele desde então. "Todas essas famílias aqui têm muito medo em seus corações de que seus filhos estejam mortos", ela disse. "Alguns deles têm uma pequena esperança, uma janela de esperança, de que seus filhos fiquem vivos."