A especialista em segurança cibernética, Sheila, expressa sua preocupação com o crescente acesso de crianças a dispositivos móveis. Segundo ela, os pais estão entregando celulares aos seus filhos cada vez mais cedo sem considerar as implicações. Ela enfatiza que a supervisão parental não deve ser vista como uma invasão de privacidade, mas sim como um ato de responsabilidade. O segundo ponto central é a necessidade de ferramentas e estratégias para garantir a proteção digital das crianças.
A delegada destaca a importância da supervisão parental no uso de dispositivos móveis pelas crianças. Para ela, entregar um celular sem orientações claras equivale a permitir que elas explorem um mundo sem limites. Os pais devem estabelecer regras claras sobre o tempo de uso, os locais onde podem navegar e acompanhar as atividades digitais de seus filhos. A ideia é criar um ambiente seguro e educativo.
Sheila argumenta que a crença de que as crianças são capazes de se defender sozinhas na internet é um mito. Muitos pais acreditam erroneamente que, por nascerem na era digital, seus filhos possuem habilidades naturais para lidar com os perigos virtuais. No entanto, essa visão está equivocada. As crianças precisam de orientação e supervisão para compreender os riscos associados ao mundo digital. Estabelecer um "acordo familiar" pode ajudar a definir limites claros e promover uma comunicação aberta entre pais e filhos.
Além da supervisão, Sheila recomenda o uso de ferramentas tecnológicas para monitorar o comportamento online das crianças. Aplicativos como o Family Link do Google permitem que os pais acompanhem a atividade digital de seus filhos, incluindo os sites visitados e os perfis seguidos. Essas ferramentas oferecem uma maneira eficaz de manter os filhos seguros sem invadir sua privacidade.
A delegada também sugere práticas simples, como determinar horários específicos para o uso do celular e mantê-lo fora do quarto à noite. Observar mudanças no comportamento infantil pode ser crucial para identificar problemas como cyberbullying ou extorsão. Sheila incentiva os pais a adotarem uma postura acessível, onde os filhos se sintam confortáveis em compartilhar suas dificuldades. Além disso, durante seu podcast, ela alerta sobre temas sensíveis como pedofilia, tráfico infantil e hipersexualização na mídia, enfatizando a necessidade de conscientização constante. Com essas estratégias, os pais podem criar um ambiente digital mais seguro e saudável para suas crianças.