A safra abundante de feijão-preto e feijão-carioca no Brasil resultou em uma queda pronunciada nos preços, beneficiando os consumidores e ajudando a estabilizar a inflação alimentar. O Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe) relata que as quedas nos preços foram notáveis, especialmente para o feijão-carioca, com reduções de até 29% em comparação ao ano anterior. Além disso, a oferta elevada continua influenciando os valores, com projeções otimistas para a produção total do ciclo 2024/25.
O aumento da produção interna não impediu que as exportações brasileiras batessem recordes históricos. Apesar disso, há preocupações com possíveis impactos negativos na terceira safra, levando produtores a buscar intervenção governamental para equilibrar o mercado.
Com a colheita robusta das safras de feijão, os preços caíram significativamente, proporcionando alívio financeiro aos consumidores brasileiros. A tendência de queda é resultado direto do aumento da oferta no mercado doméstico, com dados mostrando que o feijão-carioca sofreu uma redução de cerca de 29% em relação ao mesmo período do ano passado. Este cenário tem sido crucial para conter a alta dos alimentos no país.
O movimento de queda nos preços do feijão reflete diretamente o desempenho positivo da safra nacional. Nos meses seguintes, observou-se um declínio adicional no preço da saca de 60 kg do feijão-carioca, caindo de R$ 180,97 para R$ 151,54 entre abril e maio. Já o feijão-preto registrou uma retração de 5%, diminuindo de R$ 199,94 para R$ 189,61 no mesmo intervalo. Esses números indicam que a ampliação da produção está efetivamente contribuindo para menores custos para o consumidor final, apoiados pelas estimativas da Conab de que a safra total do ciclo 2024/25 alcance 3,3 milhões de toneladas, um aumento de 1,5% em relação ao ciclo anterior.
Embora a oferta interna tenha aumentado consideravelmente, as exportações brasileiras de feijão continuaram fortes, alcançando recordes históricos. Em fevereiro, os embarques atingiram 14,9 mil toneladas, sendo o maior volume registrado desde 1997. No acumulado de 12 meses, as exportações ultrapassaram 388,2 mil toneladas, consolidando-se como um marco significativo para o setor agrícola brasileiro.
No entanto, com a previsão de uma terceira safra menor em 7,3% em comparação às expectativas iniciais, os produtores estão buscando intervenção do governo federal por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A ideia é que parte da produção seja adquirida para recompor os estoques reguladores, evitando prejuízos no campo e garantindo equilíbrio nos preços futuros. Essa estratégia pode ser essencial para manter a estabilidade econômica tanto no mercado interno quanto externo, além de proteger os agricultores contra flutuações adversas.