Uma ampla operação realizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul resultou na apreensão de 2,3 toneladas de produtos impróprios para o consumo humano. O caso ocorreu no município de Santo Cristo e envolveu a inspeção de duas propriedades rurais e um estabelecimento comercial. O foco da intervenção foi um abatedouro ilegal de peixes que atuava sem autorização oficial e mantinha práticas inadequadas de higiene. Além dos pescados, outros alimentos como carnes, bebidas alcoólicas, mel e ovos foram confiscados por não cumprirem os padrões mínimos de segurança alimentar.
A investigação revelou que o abatedouro clandestino armazenava seus produtos em condições precárias, com freezers localizados em um ambiente compartilhado com outros animais, comprometendo ainda mais a qualidade dos alimentos. Os fiscais constataram que esses itens eram vendidos sem qualquer tipo de inspeção sanitária, colocando em perigo a saúde pública. Foram identificadas diversas irregularidades, incluindo mercadorias sem rastreabilidade, fora das temperaturas adequadas e com prazos de validade vencidos.
A operação contou com a colaboração de múltiplas instituições, como promotores de Justiça, servidores do GAECO/MPRS, agentes da Vigilância Sanitária, representantes da Secretaria Estadual da Saúde e membros da Patrulha Ambiental da Brigada Militar. Essa coordenação permitiu uma abordagem eficiente e abrangente, garantindo que todas as infrações fossem documentadas e tratadas de maneira rigorosa.
O responsável pela gestão do abatedouro clandestino foi levado à delegacia após ser encontrado portando uma arma de fogo sem registro. Essa situação adicionou outra camada de complexidade ao caso, reforçando a necessidade de maior vigilância sobre atividades relacionadas à produção e distribuição de alimentos.
Com essa intervenção, as autoridades enviaram uma mensagem clara sobre a importância de cumprir regulamentos sanitários e ambientais. A operação demonstrou que medidas enérgicas estão sendo tomadas para proteger os consumidores contra produtos potencialmente perigosos. Este esforço conjunto visa melhorar a segurança alimentar e prevenir possíveis danos à saúde pública em toda a região.