O Papel dos Celulares na Educação: Debate entre Pais e Filhos
Jan 26, 2025 at 7:03 PM
Impacto da Proibição de Celulares nas Escolas Privadas A partir desta segunda-feira, diversas instituições privadas recebem alunos em suas salas de aula, marcando o início de um novo debate sobre a presença de celulares no ambiente escolar. O Correio foi às ruas para ouvir opiniões de pais e filhos sobre as implicações dessa medida.
Proibição de Celulares: Uma Decisão Transformadora para a Educação
A Importância da Socialização e da Educação Tradicional
Carlos Henrique de Moraes, pai do pequeno Henrique, de 8 anos, destaca que o tempo longe das telas pode ser benéfico para todos. Ele enfatiza que a socialização e a educação tradicional são fundamentais para o desenvolvimento integral das crianças. "Quanto mais tempo eles passarem longe das telas, melhor será para todo mundo", afirma Carlos. Embora reconheça o papel crucial da tecnologia na nova geração, ele defende um equilíbrio entre os dois mundos. A geração atual cresceu imersa em tecnologia, conhecendo mais sobre celulares e internet do que seus próprios familiares. No entanto, Carlos ressalta a importância de buscar um equilíbrio entre esses dois ecossistemas. "Sabemos que essa é uma ferramenta que vai ser útil para a educação deles, mas precisamos ter bom senso", comenta. Em casa, o pequeno Henrique, se deixar, passa horas no celular. Contudo, o equilíbrio entre brincadeiras, leitura e uso moderado de telas ajuda a garantir uma boa qualidade de vida. Benefícios da Proibição para o Desenvolvimento Acadêmico
Talita Silva, mãe de Henrique, vê a proibição como uma oportunidade para seu filho se concentrar mais nos estudos. Ela acredita que a medida contribuirá diretamente para o desenvolvimento acadêmico e o aprendizado em sala de aula. "Qualquer coisa que aconteça, a escola entra em contato conosco. Sou totalmente contra ele ficar muito tempo no celular", finaliza Talita. A comunicação direta com a escola resolve qualquer preocupação, mantendo os pais informados sobre o desempenho e bem-estar dos filhos. Fernando Makfaldo, pai de Rebeca Sofia e Yan Fernando, também apoia a medida. Ele argumenta que o telefone, por vezes, acaba afastando crianças e adolescentes do ensino. Para ele, na escola, o ideal é que os alunos foquem em aprender e aproveitar momentos com professores e colegas. Em casa, embora seja inevitável que os filhos fiquem presos às telas, especialmente no TikTok, Fernando está sempre atento para evitar conteúdos negativos. Seu primogênito, Yan, prefere gastar o horário estudando matemática e história, além de brincar durante o recreio. Dois Lados da Moeda: Proibição Total versus Flexibilidade
Edilza Souza, mãe da adolescente Isabelle Hilarino, vê a proibição de forma positiva para o aprendizado, mas questiona a restrição durante os intervalos. Ela acredita que a comunicação entre pais e filhos deve ser permitida em casos de emergência. "A escola deve garantir essa comunicação entre as famílias em casos excepcionais", ressalta Edilza. Isabelle compartilha a mesma visão, defendendo a proibição durante as aulas, mas não nos intervalos. "Como preciso ir para casa sozinha, levo meu celular comigo. Geralmente, utilizo-o em horários vagos ou durante o recreio", explica a jovem. Equilíbrio Entre Tecnologia e Educação
O debate sobre a presença de celulares nas escolas reflete uma busca constante por equilíbrio entre a tecnologia e a educação tradicional. Enquanto alguns veem a proibição como uma medida positiva para o aprendizado, outros questionam a flexibilidade necessária em situações específicas. Independente do ponto de vista, o objetivo comum é proporcionar aos alunos um ambiente propício para o desenvolvimento integral, onde a tecnologia possa ser usada de forma consciente e benéfica.