Inflação em Belo Horizonte Desacelera, Mas Setor de Alimentação Continua em Alta

Apr 3, 2025 at 11:27 PM
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Na última semana de março, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na cidade de Belo Horizonte apresentou uma desaceleração significativa. O aumento foi de 0,32%, uma redução em comparação com os 0,57% registrados na semana anterior. No acumulado do ano até 2025, o IPCA aumentou 2,56%, enquanto nos últimos 12 meses ficou em 7,16%. Os dados foram divulgados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead). Entre os principais responsáveis pela alta geral, destaca-se o grupo "Alimentação", que continuou impulsionando o índice.

Análise Detalhada da Inflação em Belo Horizonte

No período analisado, o custo médio relacionado à alimentação subiu 1,01%, mostrando aceleração em relação à semana anterior, quando havia registrado um aumento de 0,72%. Este movimento foi influenciado principalmente pelo crescimento dos preços de alimentos consumidos dentro do lar, que saltaram de 2,18% para 2,50% entre as duas últimas semanas. Um dos produtos que mais se destacaram foi o café em pó, com um aumento expressivo de 13,10%.

Já no caso do Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR), que mede a inflação das famílias com renda de até cinco salários mínimos, houve um incremento de 0,43% em março, contra 0,44% na semana anterior. Em termos anuais, o IPCR acumula alta de 2,36%, e nos últimos 12 meses, o crescimento chega a 6,83%. Ainda no setor de alimentação, o tomate liderou as maiores altas, com um aumento de 26,2%, contribuindo significativamente para o índice geral.

Em meio às condições econômicas atuais, esses números refletem uma preocupante tendência de elevação nos custos de itens básicos, especialmente impactando as classes de menor poder aquisitivo.

A partir desses dados, fica evidente que a inflação ainda é uma questão relevante no Brasil, particularmente no segmento alimentar. Para as famílias de baixa renda, a situação torna-se ainda mais crítica, já que itens como tomate e café representam uma parcela importante de seus orçamentos. Este cenário reforça a necessidade de políticas públicas eficientes para mitigar o impacto desses aumentos sobre os mais vulneráveis, além de promover maior estabilidade econômica no longo prazo.