No coração do Paraná, uma iniciativa inovadora está sendo implementada para aprimorar o cardápio das refeições escolares. A Fundação Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar) conduziu um teste de aceitabilidade com estudantes da rede pública estadual, avaliando a receptividade ao feijão-preto cozido. Este procedimento faz parte de um processo meticuloso que busca garantir alimentos nutritivos e apreciados pelos alunos antes de incluí-los oficialmente no cardápio escolar.
Em uma manhã ensolarada, na cidade de Curitiba, o Colégio Estadual Gelvira Corrêa Pacheco foi palco de um evento especial. Uma equipe técnica do Departamento de Nutrição e Alimentação (DNA) da Fundepar realizou um teste prático envolvendo mais de cem estudantes do ensino fundamental. O objetivo era verificar se o feijão-preto cozido atenderia às expectativas dos jovens consumidores.
O alimento foi preparado sob rigorosos padrões de higiene pela equipe do DNA e distribuído em pequenas porções aos participantes voluntários. Após degustarem o produto, os estudantes preencheram fichas de avaliação, expressando suas opiniões sobre textura, aroma e sabor. Resultado: 86% dos alunos aprovaram o feijão-preto, validando sua inclusão potencial nos cardápios escolares.
Este processo não é exclusivo do feijão-preto. Ao longo do ano, diversos alimentos são submetidos à análise sensorial interna e externa, conduzida por nutricionistas experientes. As escolas voluntárias são cuidadosamente selecionadas para garantir diversidade geográfica e cultural, enquanto critérios técnicos asseguram a viabilidade logística e econômica da aquisição.
Esta abordagem inclusiva demonstra um compromisso genuíno com a saúde e bem-estar dos estudantes paranaenses. Ao envolver diretamente os beneficiários finais na tomada de decisões, o governo local fortalece laços de confiança e promove uma alimentação consciente desde a infância. Além disso, o investimento em produtos regionais apoia a agricultura familiar, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do estado.
A partir deste exemplo, percebemos como a colaboração entre instituições públicas e comunidades locais pode transformar sistemas tradicionais de merenda escolar em modelos exemplares de nutrição e responsabilidade social. Este esforço coletivo inspira outros estados brasileiros a adotarem práticas similares, priorizando qualidade alimentar e respeito às preferências dos jovens estudantes.