Investigações recentes revelam que o favoritismo entre pais e filhos é uma prática mais comum do que se imagina. Especialistas da Associação Americana de Psicologia descobriram que certas características específicas em crianças podem influenciar positivamente a percepção dos pais, aumentando as chances dessas crianças serem vistas como preferidas. A pesquisa, que analisou diversos fatores como personalidade e temperamento, indicou que meninas e crianças consideradas organizadas e esforçadas são mais propensas a receber tratamento diferenciado.

A análise de 30 estudos acadêmicos envolvendo quase 20 mil participantes mostrou que tanto mães quanto pais tendem a favorecer suas filhas. Além disso, traços de personalidade como responsabilidade e organização foram fortemente associados ao favoritismo parental. Surpreendentemente, a extroversão não teve impacto significativo nessa dinâmica familiar. O estudo também observou que os filhos mais velhos frequentemente desfrutam de maior autonomia, possivelmente devido à sua maturidade. Por outro lado, crianças que percebem-se menos favorecidas muitas vezes enfrentam problemas de saúde mental e dificuldades nos relacionamentos familiares.

O entendimento dessas nuances pode ajudar pais e profissionais de saúde mental a identificar e corrigir padrões prejudiciais dentro das famílias. É fundamental garantir que todas as crianças se sintam valorizadas e amadas, independentemente de suas características individuais. Ao reconhecer e abordar esses desequilíbrios, podemos criar um ambiente familiar mais equilibrado e saudável, promovendo o bem-estar emocional de todos os membros da família.