Contra riscos do smartphone, pais dão a filhos celular antigo e relógio-telefone
Jun 24, 2024 at 12:28 PM
Resgatando o Passado: A Ascensão dos "Telefones Burros" como Antídoto aos Perigos dos Smartphones
Em um mundo cada vez mais dominado pela tecnologia, uma nova tendência está emergindo entre os pais: o resgate dos antigos "telefones burros" como uma alternativa aos smartphones. Essa iniciativa visa combater os prejuízos que o uso excessivo de dispositivos inteligentes pode causar ao aprendizado, à saúde física e mental de crianças e adolescentes.Desconectando-se da Hiperconectividade: A Busca por um Equilíbrio Saudável
Redefinindo a Conectividade: A Ascensão dos "Telefones Burros"
Os "telefones burros", também conhecidos como "dumbphones", são aqueles aparelhos que oferecem funcionalidades básicas, como fazer e receber ligações, enviar mensagens de texto e, talvez, uma câmera fotográfica rudimentar. Esses dispositivos, que outrora foram revolucionários, agora são vistos como uma alternativa saudável aos smartphones, que concentram uma infinidade de recursos e aplicativos que podem ser prejudiciais para crianças e adolescentes.Esses pais estão resgatando esses "telefones burros" com o objetivo de manter um canal de comunicação com seus filhos, sem expô-los aos perigos da hiperconectividade. Ao mesmo tempo, eles conseguem economizar, já que esses modelos básicos custam muito menos do que um smartphone simples, que dificilmente sai por menos de R$ 600.Combatendo o Vício e os Perigos dos Smartphones
A preocupação desses pais é fundamentada em pesquisas que apontam os prejuízos do uso excessivo de smartphones na infância e na adolescência. Eles defendem a adoção de um acordo entre famílias para que crianças e adolescentes não recebam esses aparelhos até os 14 anos, e que só utilizem redes sociais após os 16 anos. Além disso, eles lutam pela proibição do uso de celulares no ambiente escolar, não apenas durante as aulas, mas também nos recreios.Os "telefones burros" são vistos como uma solução intermediária, permitindo que os pais forneçam um meio de comunicação aos seus filhos, sem expô-los aos riscos associados aos smartphones. Esses aparelhos básicos oferecem apenas o essencial, como rádio FM, uma câmera fotográfica precária e, talvez, alguns jogos simples, como o clássico "jogo da cobrinha".Movimentos Globais de Conscientização
No Brasil, o Movimento Desconecta, formado há pouco mais de um mês por famílias de escolas particulares e já com 20 mil seguidores no Instagram, é um exemplo dessa tendência. Esse movimento levanta bandeiras semelhantes às de iniciativas internacionais, como o "Wait Until 8th" (nos Estados Unidos) e o "Smartphone Free Childhood" (na Inglaterra), que também defendem a restrição do acesso a smartphones até uma idade específica.Esses movimentos têm inspirado não apenas pais, mas também adultos que buscam um "detox" do excesso de conectividade. Nos Estados Unidos, mesmo jovens que percebem os efeitos nocivos dos smartphones, como a ansiedade, têm aderido aos "telefones burros" como uma forma de se desconectar.Uma Solução Intermediária: Alternando entre Smartphones e "Telefones Burros"
Embora a maioria das pessoas continue utilizando smartphones, que se tornaram essenciais em muitos aspectos da vida moderna, alguns adotam uma abordagem intermediária. Eles mantêm seus smartphones, mas, em determinadas situações, removem o chip desse aparelho moderno e o colocam em um "telefone burro" antigo. Dessa forma, eles permanecem acessíveis e podem fazer ligações, mas evitam as distrações das redes sociais e de toda a parafernália dos smartphones.Essa solução híbrida permite que as pessoas mantenham a conectividade básica, sem se submeterem aos efeitos prejudiciais da hiperconectividade. É uma forma de encontrar um equilíbrio saudável entre a necessidade de estar conectado e a preservação do bem-estar físico e mental.