Mãe de filha com paralisia cerebral usava dinheiro doado para fazer plásticas
Jun 25, 2024 at 5:33 PM
Acusações de Desvio de Doações e Maus-Tratos Envolvem Influenciador e Sua Filha com Paralisia Cerebral
Uma história perturbadora envolvendo um influenciador digital, seu pai, e sua filha de 2 anos com paralisia cerebral está abalando a comunidade online. As autoridades de Goiás estão investigando alegações de desvio de dinheiro, maus-tratos e estelionato cometidos pelos pais da menina. Essa investigação levanta questões sobre a responsabilidade e a transparência no uso de doações destinadas a crianças vulneráveis.Pais Acusados de Desvio de Doações e Maus-Tratos
Acusações de Desvio de Dinheiro
De acordo com as autoridades, o pai, Igor Rocha, e a mãe, Ana de Santi, têm a internet como sua principal fonte de renda, mas grande parte dessa renda vem de doações destinadas aos cuidados da filha de 2 anos, Soso, que possui paralisia cerebral. A delegada responsável pelo caso, Aline Lopes, afirma que a equipe de investigação está apurando se houve desvio desse dinheiro e se ele foi utilizado para fins que não sejam o sustento e os tratamentos da menina.Além disso, a mãe, Ana de Santi, é acusada de ter usado parte do dinheiro das doações para benefício próprio, incluindo a realização de cirurgias plásticas. A delegada Aline Lopes declarou que "Há informação de que a mãe teria feito cirurgia plástica com esse dinheiro".Acusações de Maus-Tratos
As investigações também revelaram denúncias de que a menina Soso não estava sendo devidamente cuidada e não possuía condições de higiene adequadas. A delegada Aline Lopes afirmou que "Recebemos uma enxurrada de denúncias. Começamos a apurar uma a uma, não só na internet, mas falando com pessoas próximas a eles."Segundo a delegada, o pai, Igor Rocha, chegou a declarar em depoimento que os doadores eram "trouxas" e que ele não era obrigado a usar o dinheiro enviado especificamente para os cuidados da filha, pois também tinha suas próprias necessidades a serem supridas. Essa declaração sugere uma postura negligente e desrespeitosa em relação aos doadores e aos cuidados da criança.Acusações de Estelionato
Além das acusações de desvio de dinheiro e maus-tratos, Igor Rocha e Ana de Santi também estão sendo investigados por supostos crimes de estelionato. As autoridades estão apurando se houve algum tipo de fraude ou enganação envolvendo as doações destinadas à filha.A delegada Aline Lopes ressaltou que "Muito do que ele fala é uma jogada de marketing para causar impacto e gerar engajamento nas redes sociais". Essa declaração sugere que os pais podem ter se aproveitado da vulnerabilidade da filha e da boa vontade dos doadores para obter ganhos pessoais.Separação e Guarda da Criança
De acordo com a delegada, Igor Rocha e Ana de Santi estão separados há algum tempo, e não há processo judicial sobre a guarda da menina Soso. No entanto, existia um acordo entre eles de que Igor moraria com a filha.Essa situação de separação e falta de um processo formal de guarda pode ter dificultado a supervisão e o acompanhamento dos cuidados prestados à criança, o que pode ter contribuído para as alegações de maus-tratos.Responsabilidade e Transparência nas Doações
Essa investigação levanta importantes questões sobre a responsabilidade e a transparência no uso de doações destinadas a crianças vulneráveis. Quando pessoas se tornam influenciadores digitais e recebem doações para cuidar de seus filhos, existe uma expectativa de que esses recursos sejam utilizados de forma ética e responsável.No entanto, as acusações contra Igor Rocha e Ana de Santi sugerem que nem sempre essa confiança é justificada. A delegada Aline Lopes ressaltou que "Estamos apurando se houve desvio de dinheiro e se ele foi utilizado para algo que não seja o sustento e os tratamentos da menina". Essa preocupação demonstra a necessidade de maior fiscalização e prestação de contas por parte daqueles que recebem doações para cuidar de crianças com necessidades especiais.A comunidade online e a sociedade em geral devem ficar atentas a casos como esse, a fim de garantir que as doações destinadas a crianças vulneráveis sejam utilizadas de forma transparente e em seu melhor interesse. Essa investigação serve como um alerta para a importância de uma maior vigilância e responsabilidade no uso de recursos destinados a apoiar famílias em situações delicadas.