O Dia Internacional da Internet Segura, celebrado em 11 de fevereiro, chama a atenção para os desafios enfrentados pelas crianças e adolescentes no mundo digital. Na América Latina, uma grande maioria desses jovens tem acesso a smartphones e passa grande parte do tempo livre online, seja assistindo vídeos ou jogando videogames. Essa imersão digital levanta questões sobre como estamos protegendo suas experiências online. As famílias adotaram diversas estratégias para equilibrar o acesso à tecnologia com a segurança dos menores. No entanto, a velocidade do desenvolvimento do ecossistema digital muitas vezes supera os mecanismos tradicionais de controle, tornando a supervisão cada vez mais complexa.

Desafios e Estratégias na Supervisão Digital

A presença digital das crianças e adolescentes está se tornando cada vez mais autônoma, desafiando os métodos convencionais de monitoramento. Aumenta a necessidade de reavaliar não apenas as medidas de restrição e monitoramento, mas também a forma como as plataformas digitais são projetadas para essas audiências. Regulações como a COPPA nos EUA, LGPD no Brasil e GDPR na Europa estabelecem critérios claros para a proteção de dados de menores. No entanto, a questão é se essas regulamentações estão sendo efetivamente aplicadas no dia a dia do consumo digital infantil.

Ao examinar mais de perto, percebe-se que 34% das famílias usam controles parentais para limitar o acesso a conteúdos inadequados, enquanto 26% verificam o histórico de navegação para identificar possíveis riscos. Esses números revelam uma preocupação genuína, mas também evidenciam uma realidade desconfortável: o uso da internet por crianças e adolescentes está cada vez mais independente e difícil de supervisionar. Apesar dos esforços das famílias, a evolução rápida do ambiente digital frequentemente ultrapassa os mecanismos de controle existentes. Isso requer uma abordagem mais proativa e integrada para garantir a segurança online dos jovens.

Inovação e Proteção: Um Compromisso Compartilhado

A responsabilidade de criar ambientes digitais seguros vai além dos pais e cuidadores, envolvendo todos os atores da indústria tecnológica. É fundamental repensar a maneira como as plataformas, marcas e criadores de conteúdo projetam suas experiências digitais para as novas gerações. A publicidade digital, as redes sociais e as plataformas de entretenimento estão evoluindo para modelos mais comprometidos, que priorizam a proteção do público U18. O objetivo não é apenas cumprir normas legais, mas criar espaços digitais que sejam seguros, acessíveis e alinhados às necessidades das próximas gerações.

A Kids Corp, por exemplo, tem a missão de promover um ambiente digital seguro, incentivando o entretenimento, o acesso universal ao conhecimento e o desenvolvimento humano das futuras gerações. Garantir um ecossistema digital responsável e transparente não é apenas uma necessidade, mas uma responsabilidade inadiável. Todos devem participar ativamente no desenvolvimento de um ambiente onde inovação e proteção coexistam, permitindo que crianças e adolescentes cresçam com liberdade e confiança no mundo digital. É hora de agir não por obrigação, mas por convicção, construindo um futuro digital mais seguro e inclusivo para todos.