Uma preocupante tendência de obesidade entre crianças e adolescentes foi destacada recentemente por Fernanda Pisciolaro, nutricionista especializada. Durante sua participação no programa CNN Sinais Vitais, conduzido pelo Dr. Roberto Kalil, ela abordou como mudanças nos hábitos alimentares familiares têm desempenhado um papel crucial nesse cenário. A especialista mencionou que refeições compartilhadas em casa estão se tornando cada vez menos comuns, enquanto o consumo de alimentos processados está aumentando. Além disso, itens outrora reservados para ocasiões especiais agora fazem parte do cotidiano.
No contexto de uma sociedade cada vez mais acelerada, a nutricionista observou como as famílias perderam o costume de cozinhar juntas e aproveitar momentos à mesa. Em meio ao avanço da tecnologia, pedidos de comida rápida passaram a substituir pratos caseiros, facilitando o acesso a alimentos pouco nutritivos. Em particular, a especialista chamou a atenção para o fato de que alimentos antes associados a celebrações, como lasanha ou refrigerantes, hoje fazem parte do dia a dia das novas gerações. Esse fenômeno ocorre principalmente em ambientes urbanos, onde a praticidade muitas vezes prevalece sobre a qualidade nutricional.
Adicionalmente, Pisciolaro expressou preocupação com a perda do interesse por alimentos simples, especialmente entre crianças e jovens. Ela explicou que essa mudança cultural dificulta o desenvolvimento de hábitos saudáveis desde cedo, transformando a inclusão de vegetais na dieta em algo percebido como castigo. Essa realidade representa um grande desafio para os pais e profissionais de saúde que buscam combater a crescente epidemia de obesidade infantil.
Do ponto de vista de quem analisa esse fenômeno, é evidente que a educação alimentar deve ser repensada. A responsabilidade não recai apenas sobre os pais, mas também sobre escolas e políticas públicas que incentivem o consumo consciente de alimentos. O exemplo dado pela nutricionista serve como um lembrete importante: devemos restaurar o valor das refeições caseiras e reintroduzir variedade de vegetais nas dietas diárias. Somente assim será possível criar um futuro mais saudável para as próximas gerações.