O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou um aumento significativo no mês de março, atingindo 0,64%. Essa taxa ficou abaixo da registrada em fevereiro, que foi de 1,23%, mas ainda demonstra pressões inflacionárias em várias categorias. O índice acumulado nos últimos doze meses reflete uma elevação de 5,26%, destacando a persistência de desafios econômicos. Entre os grupos analisados, alimentação e transportes foram os principais responsáveis pela alta geral.
Em março de 2025, o grupo Alimentação e Bebidas contribuiu substancialmente para o índice, com um avanço de 1,09%. Esse crescimento foi impulsionado por aumentos expressivos no preço de itens essenciais como ovos de galinha, tomates e café moído, além de frutas. A alimentação fora do domicílio também registrou um aumento, com destaque para refeições em restaurantes. No setor de transportes, a alta nos combustíveis, especialmente óleo diesel e etanol, foi um fator crucial, impactando diretamente o bolso dos consumidores.
Outro ponto relevante foi o aumento nas passagens de transporte público, particularmente no Rio de Janeiro, onde houve ajustes tarifários significativos. Além disso, reajustes nas passagens de ônibus intermunicipais em Porto Alegre influenciaram o cenário geral. Por outro lado, o grupo Habitação experimentou uma desaceleração, principalmente devido à queda na alíquota do PIS/COFINS aplicada em algumas regiões.
No panorama regional, Curitiba liderou as maiores variações, enquanto Fortaleza apresentou o menor índice de aumento. As diferenças regionais evidenciam a complexidade das pressões inflacionárias, variando conforme o perfil econômico de cada localidade.
A metodologia utilizada pelo IBGE abrange diversas regiões metropolitanas brasileiras, considerando famílias com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Os dados coletados revelam uma tendência de alta nos preços de bens essenciais, reforçando a necessidade de políticas públicas voltadas para mitigar os impactos dessas flutuações sobre a população.