Uma ampla operação realizada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em colaboração com várias instituições, identificou diversas irregularidades sanitárias em estabelecimentos comerciais localizados nos municípios de Seara e Xavantina. Durante a fiscalização, que ocorreu entre os dias 24 e 26 de março, foram encontrados alimentos impróprios para o consumo, colocando em risco a saúde pública. A iniciativa visa assegurar a segurança alimentar e proteger os consumidores contra práticas inadequadas.
No decorrer de uma intensa campanha realizada em um período de três dias, equipes multidisciplinares inspecionaram supermercados, açougues e restaurantes na região oeste do estado. Em meio a um cenário preocupante, foi detectado o uso de corantes para mascarar alimentos deteriorados, carnes fora do prazo de validade e até produtos armazenados em condições precárias. Em alguns casos, alimentos como laticínios, ovos e hortaliças estavam expostos ao sol ou mantidos em temperaturas inadequadas, comprometendo sua integridade.
As autoridades responsáveis destacaram que algumas carnes haviam sido congeladas após vencerem seus prazos de validade, sendo vendidas sem qualquer precaução quanto à saúde dos consumidores. Moscas foram encontradas dentro de embalagens de carne, enquanto iogurtes infantis e sorvetes apresentavam validade expirada há mais de um ano. Restaurantes também mostraram problemas graves de higiene, incluindo alimentos sem identificação e vegetais em avançado estado de decomposição.
A Vigilância Sanitária aplicou penalidades administrativas e concedeu prazos para correção das falhas, ameaçando interditar os locais caso as exigências não sejam cumpridas. Além disso, o MPSC planeja adotar medidas legais, tanto civis quanto criminais, com base na legislação vigente.
O promotor Wesley da Silva Müller enfatizou a importância da confiança depositada pelos consumidores nos estabelecimentos comerciais. Ele ressaltou que é papel do Ministério Público garantir que essa confiança seja preservada, evitando que práticas perigosas prejudiquem a população.
Os nomes dos estabelecimentos autuados permanecem sob sigilo, mas as autoridades afirmam que estão tomando todas as providências necessárias para resolver as questões levantadas.
A operação reflete o compromisso das instituições envolvidas em proteger a saúde pública e fortalecer a vigilância sanitária nas áreas afetadas.
A partir dessa intervenção, percebe-se a urgência em reforçar políticas públicas voltadas para a segurança alimentar. Essa situação demonstra que mesmo em comunidades menores, onde muitas vezes prevalece a ideia de proximidade e qualidade, ainda há lacunas significativas no controle de produtos essenciais para a saúde humana. A operação serve como um alerta para todos os setores envolvidos na cadeia produtiva e comercial de alimentos: desde os produtores até os consumidores finais.
Para nós, jornalistas e cidadãos, esse caso destaca a importância de manter um olhar crítico sobre o que compramos e consumimos diariamente. Ao mesmo tempo, reforça a necessidade de apoiar iniciativas transparentes e rigorosas por parte das autoridades competentes, visando sempre o bem-estar coletivo. É imprescindível que a sociedade exija maior responsabilidade e ética no manejo e distribuição de alimentos, contribuindo assim para um futuro mais seguro e saudável.