Os dados mais recentes da entidade representativa do setor automotivo indicam uma tendência notável nas preferências dos consumidores. As estatísticas mostram que os veículos com mais tempo de uso são os mais procurados, enquanto os seminovos ocupam a última posição em termos de vendas. Essa distribuição sugere uma mudança significativa no comportamento do mercado, refletindo as prioridades atuais dos compradores.
A análise dos números revela que os modelos mais antigos têm sido a escolha predominante dos consumidores. Especificamente, os carros com mais de uma década de fabricação lideram as vendas, seguidos por aqueles que estão entre quatro e oito anos de uso. Essa preferência pode estar associada à busca por opções econômicas e confiáveis.
Os dados mostram que a categoria de veículos com mais de treze anos de uso registrou um número impressionante de transferências, totalizando mais de cinco milhões e setecentos mil unidades. Isso representa quase metade das transações totais. Os modelos com idade entre quatro e oito anos também apresentaram desempenho sólido, alcançando quase quatro milhões de vendas. A explicação para essa demanda pode residir na combinação de preço acessível e qualidade percebida desses veículos.
Em contraste com as categorias mais antigas, os seminovos — veículos com até três anos de uso — demonstraram menor apelo para os consumidores. Embora esses carros ofereçam uma alternativa moderna e com menos quilometragem, eles não conseguiram competir em volume de vendas.
Com apenas pouco mais de dois milhões e meio de transferências registradas, os seminovos ficaram bem atrás das outras categorias. Essa discrepância pode ser atribuída a fatores como o preço ainda elevado desses veículos em relação aos mais antigos, bem como possíveis preocupações sobre a depreciação rápida do valor. Além disso, a economia atual pode influenciar os compradores a optarem por opções mais econômicas, mesmo que isso signifique escolher modelos mais antigos.