Em muitos casos, os celulares podem atrapalhar a atenção dos estudantes na sala de aula. Mas o que acontece quando eles estão em casa? Não há uma resposta fácil. É preciso dialogar e ensinar aos filhos sobre o uso adequado do celular, em vez de simplesmente proibir. A responsabilidade não deve ser apenas da escola ou da lei, mas também da família.
Em pleno século XXI, com a internet acessível a 90% da população brasileira, a questão do uso do celular se torna ainda mais relevante. Seria possível ensinar a usar o celular nos momentos adequados, a partir da idade recomendada e com finalidades pedagógicas? Isso poderia ser uma abordagem mais eficaz do que a proibição.
Por que não pesquisar cursos ou ajudar em algum trabalho? Isso os faria ter por merecer e não ficariam perdidos nas telas. Os conteúdos sexuais e perigosos estão por toda a parte, e é nossa responsabilidade educar os filhos para lidar com isso. Requer presença e mediação. Não podemos deixar que eles naufraguem sozinhos no mundo da internet.
As telas não devem ter acesso à internet deliberadamente, nem devem entrar nos quartos na hora de dormir. Isso é responsabilidade dos pais, não da lei ou da escola. Eles devem estar ao lado dos filhos, como quem assiste a um programa de TV juntos.
Uma geração que foi proibida de muitas coisas e ainda assim encontrou maneiras de burlar as regras parece agora não querer assumir a responsabilidade. Antes de culpar os celulares, as escolas ou as leis, é importante consultar quem trabalha na área e assumir a responsabilidade como pais.
Os pais são os responsáveis por orientar, decidir e responder pela educação dos filhos. O "não" pode salvar muito, mas a educação também dá trabalho. É nossa missão ensinar aos filhos a usar corretamente o celular e lidar com as tecnologias da informação.