Um fenômeno preocupante tem ganhado destaque no Espírito Santo: a crescente vulnerabilidade dos idosos em seu próprio lar. Nos últimos doze meses, 203 pessoas mais velhas buscaram proteção policial para se resguardarem de abusos dentro de casa. Especialistas apontam que essas estatísticas podem ser apenas a ponta do iceberg, já que muitos casos não são denunciados.
A maioria das agressões ocorre entre familiares próximos, frequentemente envolvendo filhos ou netos como agressores. Esses incidentes, embora graves, muitas vezes permanecem ocultos por medo ou amor. As mulheres, particularmente, enfrentam uma dupla vulnerabilidade, sendo alvo tanto de violência física quanto emocional. Muitos desses abusos começam com ameaças e evoluem para situações mais graves, às vezes culminando em violência física.
O silêncio sobre esse problema é alimentado pela falta de conhecimento dos direitos dos idosos e pelo sentimento de ser um fardo para a família. Profissionais da área jurídica relatam que muitos casos chegam até eles mas não seguem adiante, ficando escondidos sob o tapete familiar. É fundamental que a sociedade reconheça a importância de denunciar tais situações antes que se agravem. Proteger os mais fracos e garantir seus direitos é um dever de todos nós. Ao dar voz aos que sofrem em silêncio, podemos construir uma comunidade mais justa e solidária.