No cenário atual de desafios econômicos, o governo brasileiro adotou uma medida significativa para combater a inflação, zerando as tarifas de importação para 11 grupos de alimentos. Essa decisão foi aplaudida por João Galassi, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que destacou sua eficácia ao comparar com medidas anteriores implementadas durante a pandemia de covid-19. Segundo ele, a retirada temporária dos impostos sobre produtos essenciais já provou ser uma ferramenta útil no passado. Além disso, Galassi enfatizou a necessidade de incentivar os estados a reduzirem tributos sobre itens da cesta básica e alertou sobre outros fatores que impactam os preços finais, como taxas operacionais.
Em um contexto marcado por incertezas econômicas, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) anunciou na última quinta-feira (13) a eliminação das tarifas de importação para diversos alimentos, incluindo arroz e outros produtos básicos. Esta medida, que busca frear a alta dos preços no mercado interno, foi amplamente defendida por João Galassi, líder da Abras. Em entrevista ao Congresso em Foco, ele explicou que essa prática não é nova, tendo sido aplicada anteriormente no governo Bolsonaro, especialmente quando o preço do arroz subiu drasticamente devido aos efeitos econômicos da pandemia.
Governos anteriores também recorreram a estratégias semelhantes para conter aumentos abruptos nos custos de vida. No entanto, Galassi ressaltou que além dessas ações pontuais, é crucial avançar em reformas estruturais que possam reduzir o chamado "custo Brasil". Durante uma homenagem realizada na terça-feira (11) na Câmara dos Deputados, onde foi reconduzido à presidência da Abras até 2027, ele reforçou a importância de políticas mais abrangentes que promovam maior competitividade e menor carga tributária.
O evento contou com a presença de ministros importantes, como Paulo Teixeira, Carlos Fávaro e Márcio França, simbolizando o compromisso mútuo entre setor privado e governo em busca de soluções para estabilizar a economia.
Do ponto de vista de quem consome diariamente esses produtos, a redução de barreiras comerciais pode trazer alívio imediato nos preços. Contudo, como salientado por especialistas, é fundamental equilibrar essas intervenções com outras iniciativas que garantam sustentabilidade econômica de longo prazo. Afinal, enquanto a redução de tarifas pode oferecer resultados rápidos, só uma revisão profunda das estruturas tributárias e regulatórias permitirá consolidar melhorias permanentes no controle da inflação.
Com essa abordagem multifacetada, o Brasil tem a oportunidade de enfrentar tanto problemas imediatos quanto desafios estruturais que afetam diretamente o bolso dos consumidores.
Como jornalista, percebo que a discussão sobre a inflação vai muito além da simples redução de tarifas. Embora essas medidas sejam cruciais para aliviar pressões momentâneas, elas devem ser vistas como parte de um plano maior que aborde questões sistêmicas. O exemplo dado pelo presidente da Abras serve como lembrete importante: a estabilidade econômica só será alcançada com reformas profundas capazes de simplificar processos e diminuir custos desnecessários. Este é o caminho rumo a um futuro mais justo e próspero para todos.