O debate sobre a redução de impostos para produtos essenciais tem gerado amplo questionamento entre especialistas. Ao analisar os impactos econômicos dessa medida, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais aponta que tal decisão pode não trazer os benefícios esperados à população. Ele argumenta que cortes nos tributos estaduais podem comprometer ainda mais as finanças públicas sem necessariamente proporcionar alívio significativo ao consumidor final.
A eficiência das políticas fiscais está sendo colocada em xeque, conforme destacado por autoridades agrícolas. A eliminação do ICMS na cesta básica, embora promissora em tese, carece de uma visão mais ampla que leve em conta a estrutura administrativa do país. Para Antônio Pitangui de Salvo, é necessário um rearranjo estrutural antes de qualquer mudança fiscal. Ele enfatiza que o aumento da carga tributária acompanhou o crescimento excessivo do estado, tornando-o desproporcionalmente grande e oneroso para a sociedade. Além disso, ele ressalta que questões como transporte e segurança pública precisam ser urgentemente abordadas para baratear os custos logísticos e melhorar a competitividade nacional.
No cenário atual, investimentos em infraestrutura e modernização dos serviços públicos são fundamentais para garantir maior estabilidade econômica. O presidente da Faemg defende que reformas administrativas sejam implementadas para ajustar o tamanho do estado às necessidades reais da população. Isso inclui melhorias nas condições das rodovias e fortalecimento da segurança viária, aspectos cruciais para reduzir os custos operacionais no setor produtivo. Somente com uma abordagem integrada será possível alcançar resultados duradouros que beneficiem tanto os contribuintes quanto o desenvolvimento sustentável do país.