O governo brasileiro está debatendo mudanças no cálculo da taxa básica de juros, conhecida como Selic. O vice-presidente Geraldo Alckmin sugeriu que o Banco Central revise a metodologia atual, excluindo itens voláteis como alimentos e energia das análises. Essa proposta busca promover maior estabilidade econômica ao evitar reajustes desnecessários nos juros motivados por fatores externos.

A análise dos núcleos de inflação já é uma prática comum do Banco Central. Esse método permite identificar tendências mais consistentes ao excluir variáveis sazonais ou impactos climáticos. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, essa abordagem alinha-se às sugestões recentes feitas pelo vice-presidente. "A metodologia adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) continua sendo respeitada, mas o BC possui liberdade para interpretar os dados de forma estratégica", afirmou Haddad em entrevista coletiva.

As declarações ocorrem em um momento de alta inflação, impulsionada principalmente pelos custos energéticos. A revisão do sistema pode permitir ajustes mais precisos nas políticas monetárias, beneficiando setores produtivos e consumidores. Além disso, medidas eficientes na contenção da inflação são cruciais para proteger o poder de compra da população, especialmente das classes mais vulneráveis. Um sistema monetário robusto contribui diretamente para o desenvolvimento sustentável e equidade social.