O parlamento brasileiro está considerando uma nova proposta que visa modificar a forma como as multas de trânsito são calculadas, buscando maior equidade entre diferentes classes de veículos. Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro estabelece valores fixos para infrações, independentemente do valor do veículo. No entanto, a nova medida propõe um sistema mais flexível, onde o custo da penalidade será ajustado conforme o valor do automóvel infrator.
No ambiente legislativo, o deputado Kiko Celeguim, representante do Partido dos Trabalhadores pelo estado de São Paulo, apresentou recentemente uma sugestão inovadora para modernizar o sistema de multas de trânsito. Sua proposta sugere que, em vez de aplicar valores fixos para todas as infrações, os novos montantes sejam determinados com base em uma porcentagem do valor do veículo em questão. Isso significa que, por exemplo, um condutor de um carro popular pagaria menos por uma infração leve do que alguém dirigindo um veículo de luxo.
Segundo a nova tabela proposta, para uma infração leve, o motorista teria que pagar uma quantia correspondente a 0,5% do valor do veículo. Para infrações médias, graves e gravíssimas, as taxas seriam respectivamente 0,75%, 1% e 1,75%. Este ajuste pretende criar um sistema mais justo, onde proprietários de carros mais acessíveis não sejam tão impactados financeiramente quanto hoje.
A justificativa por trás desta iniciativa é clara: no sistema atual, donos de veículos econômicos sofrem mais com as multas, pois precisam desembolsar a mesma quantia que os proprietários de automóveis de alto padrão. Com esta mudança, espera-se que a proporção do impacto seja mais igualitária.
De um ponto de vista jornalístico, esta proposta levanta questões importantes sobre justiça social e equidade. Se aprovada, ela poderia revolucionar a maneira como as penalidades são aplicadas, tornando o sistema de trânsito mais sensível às realidades econômicas dos cidadãos. Ao mesmo tempo, estimula reflexões sobre como leis podem ser adaptadas para promover maior igualdade, sem comprometer a segurança viária.