Propagandas de Alimentos Processados e Seus Impactos na Saúde Pública

Apr 1, 2025 at 3:28 PM
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A pesquisa recentemente conduzida por Adélcia Almeida destaca como as campanhas publicitárias de alimentos ultraprocessados perpetuam estereótipos machistas, influenciando negativamente o comportamento alimentar da população. A nutricionista identificou que as estratégias de marketing utilizadas por grandes corporações não apenas promovem produtos prejudiciais à saúde, mas também exploram papéis sociais tradicionais atribuídos às mulheres. Essa abordagem contribui para um aumento significativo no consumo desses itens, que estão diretamente ligados a doenças crônicas.

O estudo analisou 122 comerciais transmitidos em estações de televisão brasileiras, revelando uma predominância de personagens femininas em contextos domésticos. Enquanto isso, as vozes masculinas eram mais frequentemente responsáveis pela narração, reforçando ideias de autoridade e confiança. Esse padrão sugere que as empresas aproveitam esses estereótipos para criar associações emocionais com seus produtos. Além disso, a investigação mostrou como as limitações do tempo das mulheres, muitas vezes sobrecarregadas com múltiplas responsabilidades, facilitam a escolha por alimentos rápidos e convenientes, ainda que nocivos.

No campo da saúde pública, especialistas alertam sobre os perigos dos alimentos ultraprocessados, reconhecidos como fatores determinantes para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam medidas regulatórias para conter a propaganda desses produtos. O trabalho de Adélcia Almeida é visto como pioneiro ao conectar questões de gênero, alimentação e marketing, oferecendo subsídios importantes para políticas públicas futuras. Ao conscientizar sobre esses mecanismos de persuasão, há esperança de que mudanças significativas possam ocorrer, beneficiando tanto a saúde individual quanto coletiva.