O projeto Plantio Solidário, desenvolvido pela Faculdade de Serviço Social da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em colaboração com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), tem proporcionado apoio alimentar a comunidades vulneráveis. Desde sua fundação em 2020, já foram distribuídas cinco toneladas de alimentos cultivados de maneira sustentável e agroecológica para cem famílias necessitadas. Além disso, os encontros promovem trocas de conhecimentos sobre práticas agrícolas responsáveis.
A iniciativa também busca incentivar a criação de hortas domiciliares nas comunidades beneficiadas, fortalecendo a luta por uma alimentação saudável e livre de agrotóxicos. Em 2025, eventos marcantes incluem a doação de sementes crioulas de feijão destinadas ao Feijão de Ogun, evento cultural do movimento negro local.
O projeto Plantio Solidário emerge como uma resposta concreta à crise alimentar enfrentada por comunidades locais. Por meio de mutirões realizados regularmente, ele conecta famílias acampadas e assentadas do MST, que produzem alimentos essenciais como verduras, legumes e raízes, utilizando métodos agroecológicos. Esses produtos são distribuídos diretamente às famílias em situação de vulnerabilidade social, garantindo acesso a uma alimentação digna e nutritiva.
Com encontros programados mensalmente em locais estratégicos, como a Horta Comunitária da Creche Municipal Toninho Ventura e o Acampamento Roza Cabinda, o projeto alcança um público diversificado. A produção não se limita apenas à oferta de alimentos; ela também promove saberes ancestrais relacionados à agricultura sustentável, incentivando práticas que respeitem o meio ambiente e fortaleçam a soberania alimentar das comunidades envolvidas. Além disso, a ausência de financiamento governamental evidencia o caráter coletivo e voluntário do projeto, apoiado por associações e universitários engajados.
Além de abordar questões alimentares, o Plantio Solidário desempenha um papel crucial no fortalecimento da identidade cultural e ambiental das comunidades assistidas. Através de atividades formativas, como rodas de conversa e plantios coletivos, os participantes aprendem sobre a importância da terra sagrada e das sementes crioulas, elementos fundamentais para a preservação das tradições locais. Tais eventos reúnem representantes de diferentes setores sociais, ampliando o impacto transformador da iniciativa.
No início de 2025, destaca-se o encontro realizado em fevereiro, onde mais de uma tonelada de alimentos foi compartilhada com as comunidades locais. Este momento foi seguido por outro em março, durante o qual ocorreu o plantio de sementes de feijão destinadas ao Feijão de Ogun, uma celebração que conecta alimentação, cultura e resistência. Esses momentos simbolizam não apenas a doação de alimentos, mas também a construção de redes solidárias entre diversas expressões culturais, como povos de terreiros e agentes populares de saúde. Para aqueles interessados em integrar este movimento transformador, canais digitais oferecem informações sobre como contribuir ativamente.