Uma escola estadual em Campo Grande estabeleceu uma parceria com a penitenciária local, proporcionando alimentos frescos aos alunos. Os custodiados cultivam as hortaliças, que são posteriormente distribuídas às famílias estudantis. Além disso, os presidiários participam de atividades de manutenção nas escolas, promovendo sua ressocialização.
A colaboração também envolve instituições agrícolas que oferecem suporte técnico. A iniciativa beneficia não só os alunos com alimentos saudáveis, mas também ensina sobre inclusão social, enquanto os detentos ganham redução de pena por suas contribuições.
No âmbito da parceria, os custodiados desenvolvem uma grande horta dentro da penitenciária Gameleira, onde aprendem técnicas agrícolas com apoio especializado. Esses conhecimentos possibilitam o cultivo sustentável de verduras e legumes, parte dos quais é vendida para cobrir despesas e outra destinada à doação.
O projeto foi idealizado após a introdução de serviços de manutenção pelas mãos dos próprios prisioneiros. Com supervisão técnica do Senar MS, esses indivíduos adquirem habilidades valiosas que vão além do trabalho braçal. O diretor Leandro Colombo Pedrini coordena pessoalmente a coleta dos alimentos, transportando centenas de quilos mensalmente até a escola. Sua dedicação garante que os produtos cheguem frescos e em quantidade suficiente para atender os estudantes.
Ao receberem sacolas de alimentos produzidos pelos presos, os alunos são incentivados a refletir sobre a importância da reintegração social. A participação no programa se dá voluntariamente, sendo amplamente aceita e apoiada pela comunidade escolar. Alunas como Rayssa Vieira Lopes destacam-se ao documentar as entregas e compartilhar essa experiência significativa.
Além da horta principal na penitenciária, os custodiados auxiliam na manutenção de uma pequena horta dentro da própria escola, fomentando um ambiente de aprendizado mútuo. Essa interação fortalece laços entre escola, comunidade e sistema prisional, promovendo valores essenciais de solidariedade e cooperação. A prática demonstra que iniciativas simples podem gerar impactos profundos tanto para os beneficiários quanto para aqueles que doam seu tempo e esforço.