A Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (SEDCON) e o PROCON-RJ realizaram uma série de operações rigorosas entre os dias 24 e 31 de março, identificando mais de uma tonelada de alimentos impróprios para consumo. A ação foi marcada por intervenções significativas em supermercados localizados na região metropolitana do Rio de Janeiro. Em São Gonçalo, fiscais retiraram cerca de 485 quilos de produtos comprometidos, incluindo carnes vermelhas e frango processado. Além disso, outras irregularidades relacionadas à higiene e infraestrutura foram detectadas, destacando a importância das inspeções regulares para preservar a saúde pública.
Durante a fiscalização no Barro Vermelho, além dos alimentos impróprios, os agentes encontraram condições precárias de armazenamento e manipulação. Produtos estavam expostos ao contato direto com o chão, enquanto áreas destinadas à preparação de alimentos apresentavam pisos quebrados e superfícies irregulares, facilitando a proliferação de vetores como baratas e outros insetos. Essas condições não apenas comprometem a segurança alimentar, mas também violam as normas sanitárias vigentes.
No município de Nova Iguaçu, outro estabelecimento foi autuado por infrações semelhantes. Entre os problemas constatados estavam a falta de proteção adequada nas áreas externas, lixeiras sem tampas automáticas e revestimentos danificados. Um detalhe alarmante foi a descoberta de molhos de tomate vencidos e contaminados por insetos, além de doces variados com indícios claros de deterioração. Tais irregularidades levaram à apreensão de mais de 30 quilos de produtos impróprios.
Já na capital fluminense, um mercado recebeu atenção especial por conta da utilização indevida de botijões de gás liquefeito de petróleo (GLP). Apesar de serem proibidos pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) sem prévia aprovação, dez unidades desse tipo de equipamento foram localizadas na área da padaria. Este cenário representa um risco adicional tanto para os funcionários quanto para os clientes.
O terceiro caso investigado revelou ainda mais negligência. Paletes de madeira estavam espalhados pelas câmaras frias e congeladoras, permitindo a contaminação cruzada de alimentos. Adicionalmente, a cozinha exibia sinais de sujeira acumulada e um piso inadequado, com acúmulo de água nos espaços refrigerados. Essa combinação de fatores eleva significativamente o potencial de transmissão de doenças.
O secretário Gutemberg Fonseca reiterou o compromisso da SEDCON em promover práticas seguras de manipulação e exposição de alimentos. Ele enfatizou que tais medidas são essenciais para evitar fraudes e garantir a qualidade dos produtos consumidos pela população. As ações continuam sendo intensificadas em toda a região, visando um ambiente comercial mais seguro e confiável para todos os envolvidos.