Uma operação realizada entre os dias 24 e 26 de março no Oeste de Santa Catarina fiscalizou diversos estabelecimentos comerciais, identificando graves irregularidades que colocam em risco a saúde pública. Entre as descobertas mais alarmantes estão alimentos impróprios para consumo, condições precárias de armazenamento e práticas enganosas envolvendo produtos alimentícios. A iniciativa faz parte do Programa de Avaliação de Produtos de Origem Animal (POA), implementado há mais de duas décadas no estado.

Ao longo da história do programa, mais de mil operações já foram conduzidas, resultando na retirada de quase duas mil toneladas de alimentos inadequados. As autoridades enfatizaram que o objetivo principal é proteger a saúde coletiva, garantindo que os cidadãos tenham acesso a produtos seguros e confiáveis.

Irregularidades Graves Expostas Durante Fiscalização

O trabalho realizado nas cidades de Seara e Xavantina revelou uma série de falhas sanitárias que comprometem diretamente a segurança alimentar da população local. Entre as constatações mais preocupantes estão carnes com data de validade vencida, laticínios fora do prazo ideal e hortaliças em avançado estado de decomposição. Além disso, foram encontradas evidências de práticas fraudulentas como o uso de corantes para mascarar alimentos deteriorados.

A investigação detalhada mostrou que várias carnes estavam sendo comercializadas mesmo após sua data de validade ter expirado, muitas vezes congeladas de forma irregular para prolongar artificialmente sua durabilidade. Algumas embalagens continham moscas vivas, indicando um controle de qualidade extremamente falho. Outro problema grave foi a exposição de ovos ao sol, acelerando assim seu processo de deterioração. Laticínios também foram apreendidos, incluindo queijos, iogurtes infantis e sorvetes com validade expirada há meses ou até anos. Esses itens poderiam causar sérios danos à saúde dos consumidores caso fossem consumidos.

Mudanças Necessárias e Continuidade das Ações

Com base nas descobertas feitas durante a operação, as autoridades responsáveis determinaram medidas corretivas imediatas nos estabelecimentos flagrados com irregularidades. Autuações administrativas foram emitidas, exigindo correções dentro de prazos pré-estabelecidos. Caso essas correções não sejam realizadas adequadamente, os locais podem enfrentar interdição total ou parcial. Além disso, há possibilidade de responsabilização civil e criminal, considerando os danos morais causados aos consumidores.

O compromisso com a segurança alimentar continua sendo prioridade máxima para as autoridades sanitárias de Santa Catarina. Desde a criação do POA em 1999, diversas intervenções semelhantes têm sido realizadas regularmente em todo o estado. Essas ações visam manter altos padrões de qualidade e segurança alimentar, preservando a saúde pública. A vigilância permanente garante que os estabelecimentos mantenham suas práticas conforme as normas legais vigentes, reforçando o direito fundamental do consumidor à transparência e segurança no momento de adquirir alimentos.