Equilibrando a Educação Financeira dos Filhos: Um Desafio Parental

A gestora administrativa Fabiana Murta compartilha sua preocupação sobre o equilíbrio entre a educação financeira e o excesso de consumismo que a sociedade impõe aos filhos. Ela relata sua jornada em instruir seus dois filhos, de 7 e 9 anos, sobre o valor e o uso do dinheiro, sem gerar uma preocupação financeira excessiva.

Encontrando o Equilíbrio Certo: A Chave para uma Educação Financeira Saudável

A Mesada: Uma Ferramenta Controversa

Embora a maioria dos pais brasileiros acredite que o pagamento da mesada pode contribuir para uma melhor educação financeira dos filhos, Fabiana Murta adota uma abordagem diferente. Ela não paga a mesada tradicional, mas cria uma espécie de poupança para que seus filhos possam utilizá-la na aquisição de itens desejados. Essa postura contrasta com a realidade nacional, onde 89% dos pais acreditam no valor da mesada, mas apenas 56% conseguem implementá-la.

A Idade Certa para a Mesada

O estudo da Serasa, em parceria com o Instituto Opinion Box, revelou que a idade ideal para o início da mesada é um tema controverso. Enquanto 30% dos pais afirmaram que os filhos começaram a receber mesada entre 6 e 8 anos e 28% antes dos 5 anos, 14% relataram que os valores passaram a fazer parte da vida dos pequenos já no início da adolescência, entre 12 e 14 anos, e 4% quando tinham entre 15 e 18 anos. O coordenador de Marketing do Serasa, Daniel Bizanha, destaca que não há uma idade certa definida, mas enfatiza a importância de orientar as crianças sobre a origem do dinheiro e a responsabilidade de poupar e investir.

A Educação Financeira Além da Mesada

Para Fabiana Murta, a educação financeira deve ser uma realidade em casa, mas também deve ser incentivada nas escolas. Ela questiona se uma criança de 7 anos já teria a consciência necessária para lidar com a mesada e acredita que as escolas ainda estão muito presas aos conteúdos tradicionais, deixando a desejar na vivência financeira dos alunos.

A Previdência Privada como Alternativa

Sem pagar a mesada, o corretor de seguros Wagner Santos adotou uma alternativa: a contratação de uma previdência privada em nome de sua filha de 9 anos. Ele tem conversas com a criança para explicar a importância desse investimento para o seu futuro bem-estar. Segundo ele, a aceitação da filha é boa, e ela agora pensa com mais cuidado antes de querer comprar algo supérfluo.

O Valor da Mesada: Uma Questão de Equilíbrio

De acordo com a pesquisa da Serasa, 58% dos pais pagam até R$ 100 aos filhos, enquanto 38% distribuem entre R$ 100 e R$ 350. Apenas 3,8% desembolsam mais de R$ 350. Daniel Bizanha, do Serasa, enfatiza que o valor repassado deve ser feito sempre com orientação e dentro das condições da família, com o objetivo de ensinar aos filhos a importância de poupar e investir a longo prazo.