Milícia Armada: A Ameaça Oculta que Ronda Santa Cruz

Oct 11, 2024 at 10:07 AM

Milícia Armada: A Ameaça Explosiva em Santa Cruz

A Polícia Civil do Rio de Janeiro descobriu dois carros repletos de explosivos em uma rua próxima a três escolas e uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade. Esse achado alarmante levantou preocupações sobre a segurança da comunidade local, com a polícia classificando a situação como um "risco potencial". As investigações apontam que o material explosivo poderia ser usado em um contra-ataque da milícia após o assassinato de um criminoso por um grupo rival.

Uma Ameaça Iminente: Explosivos em Plena Luz do Dia

Descoberta Chocante: Carros Carregados de Perigo

A descoberta dos dois carros repletos de explosivos em uma rua próxima a escolas e uma UPA em Santa Cruz é um evento alarmante que levanta sérias preocupações sobre a segurança da comunidade local. As autoridades policiais destacaram o "risco potencial" que essa situação representa, demonstrando a gravidade da ameaça. Os veículos foram encontrados pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) durante a madrugada, desencadeando uma operação de emergência.

Armamento Apreendido: Uma Ameaça Letal

Além dos explosivos, a polícia apreendeu uma variedade de armamentos de uso exclusivo das Forças Armadas, incluindo quatro artefatos de TNT, três granadas artesanais e uma militar, 11 carregadores de fuzil 762, um revólver 32, uma capa de colete, uma espingarda e mais de cem munições. Esse arsenal demonstra o nível de perigo e a capacidade de destruição que a milícia possui. Também foram encontrados seis galões de gasolina, que poderiam ser utilizados na fabricação de bombas incendiárias, aumentando ainda mais o potencial destrutivo.

Milícia em Expansão: A Ascensão de Juninho Varão

As investigações apontam que o material apreendido pode pertencer à quadrilha liderada por Gilson Ingrácio de Souza Junior, conhecido como Juninho Varão, um ex-integrante da milícia de Wellington da Silva Braga, o Ecko. Após a morte de Ecko e a fragmentação da milícia, Varão assumiu o comando dos negócios irregulares em parte de Nova Iguaçu e expandiu sua influência para Queimados, na Baixada Fluminense. Sua ascensão rápida e a formação de alianças com outros milicianos demonstram a capacidade de expansão e a ameaça que essa organização criminosa representa.

A Disputa pelo Poder: Rivalidade entre Milícias

A área de Santa Cruz, onde os explosivos foram encontrados, é conhecida por ser controlada por Juninho Varão. No entanto, a morte de Jacão, um miliciano que controlava a região até então, teria sido executada por um grupo rival liderado por Paulo David Guimarães Ferraz da Silva, o Naval. Essa rivalidade entre as milícias é um fator crucial para entender a motivação por trás do possível contra-ataque planejado com os explosivos encontrados. A disputa pelo domínio de territórios e atividades ilegais é uma constante nesse cenário de violência.

O Sucessor de Zinho: A Ascensão de Naval

Após a prisão de Luís Antonio da Silva Braga, o Zinho, e a morte de seu sucessor, Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, quem assumiu a liderança da maior milícia do Rio de Janeiro foi Paulo David Guimarães Ferraz da Silva, o Naval. Aos 31 anos, o criminoso é considerado o principal braço armado do grupo, com centenas de fuzis sob seu domínio. Ele é apontado como um dos suspeitos de executar o ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, um dos fundadores da milícia Liga da Justiça. A ascensão de Naval representa uma ameaça ainda maior para a segurança da população, com a concentração de poder e armamento nas mãos dessa organização criminosa.