O legislativo brasileiro deu um passo importante ao aprovar, por meio da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, o Marco Regulatório da Responsabilidade Filial em relação à pessoa idosa. Este marco estabelece obrigações compartilhadas entre filhos maiores de 18 anos, o Estado e a sociedade no cuidado com os idosos. Inclui garantias como sustento, saúde, segurança e bem-estar emocional, além de proteger contra abusos. O não cumprimento das responsabilidades pode resultar em punições administrativas, civis e penais.
Para os filhos sem condições financeiras, o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e o SUS oferecem suporte, incluindo atendimento especializado e criação de redes comunitárias. O projeto ainda precisa ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça antes de seguir para votação no Senado Federal.
O novo marco legal reforça que os filhos adultos têm a obrigação de proporcionar aos pais idosos uma vida digna e segura. Esta responsabilidade inclui assegurar alimentação adequada, cuidados médicos, moradia segura e acesso contínuo a medicamentos e consultas. Além disso, incentiva a participação dos idosos em atividades sociais, culturais e esportivas.
De acordo com o texto aprovado, os filhos são co-responsáveis pelo bem-estar físico e emocional de seus pais idosos. Isso envolve mais do que simplesmente prover recursos materiais; exige também atenção às necessidades emocionais e psicológicas. Os filhos devem promover ambientes onde os idosos possam se sentir valorizados e integrados à comunidade. O descumprimento dessas obrigações pode acarretar penalidades legais significativas, variando desde advertências até sanções judiciais. O objetivo é garantir que os idosos recebam o apoio necessário ao longo de suas vidas, independentemente das circunstâncias familiares ou econômicas.
No caso de filhos incapazes de arcar com os custos de cuidado, o governo oferece alternativas através de programas públicos. Instituições como o SUAS e o SUS estão preparadas para fornecer assistência social e atendimento médico especializado, além de promover a formação de redes comunitárias de apoio.
Esses serviços buscam identificar idosos em situação de vulnerabilidade e oferecer-lhes assistência integral. O projeto prevê que tanto o Estado quanto entidades da sociedade civil trabalhem juntos para criar ambientes que favoreçam a inclusão e o bem-estar dos idosos. As famílias afetadas terão acesso a orientações clínicas e psicossociais, garantindo que mesmo em situações de escassez financeira, os idosos tenham suas necessidades básicas atendidas. O foco está em fortalecer vínculos familiares e comunitários, criando estruturas sólidas de suporte para essa população específica.