Maioria dos pais é contra filhos menores de 14 anos com acesso a celulares e aplicativos de mensagens
Sep 11, 2024 at 1:23 PM
Pais Brasileiros Preocupados com Acesso de Crianças a Dispositivos Eletrônicos
Uma pesquisa recente realizada pelo Datafolha para o Instituto Alana revelou que a maioria dos pais brasileiros acredita que crianças menores de 14 anos não deveriam ter acesso a dispositivos eletrônicos como celulares e tablets. O levantamento mostra que a preocupação dos pais em relação ao tempo que os filhos passam online, principalmente em redes sociais e plataformas de streaming, está aumentando.Pais Buscam Maior Controle e Proteção para Seus Filhos no Ambiente Digital
Preocupação com Acesso a Redes Sociais e Aplicativos
A pesquisa aponta que 58% dos pais são contra que crianças dessa faixa etária usem aplicativos de mensagens e joguem videogames, e 76% acham que elas não deveriam acessar redes sociais como Instagram e TikTok. Essa preocupação reflete o desejo dos pais de proteger seus filhos dos possíveis riscos e impactos negativos que o uso excessivo de tais plataformas pode trazer.Embora haja restrições formais, a pesquisa TIC Kids Online Brasil, de 2023, revela que muitas crianças abaixo dos 14 anos já estão amplamente conectadas. Entre as crianças de 9 e 10 anos, 71% utilizam o YouTube e 51% acessam o WhatsApp, o que contrasta com as opiniões dos pais. Essa discrepância entre o que os pais desejam e a realidade do uso de tecnologia pelas crianças evidencia a necessidade de soluções mais eficazes para gerenciar o acesso e a segurança online.Demanda por Maior Suporte das Empresas de Tecnologia
Para Isabella Henriques, diretora-executiva do Instituto Alana, as famílias precisam de mais suporte das empresas de tecnologia para controlar o uso da internet pelas crianças. Segundo ela, a questão não é proibir o acesso à internet, mas garantir que ele seja seguro e educativo.Embora a Meta e o TikTok afirmem ter implementado várias ferramentas de controle parental, os pais ainda enfrentam dificuldades em gerenciar o acesso dos filhos. Muitos relatam que as ferramentas são complexas ou consomem muitos dados, o que desestimula o uso.Além disso, 87% dos pais acreditam que as empresas de tecnologia não fazem o suficiente para proteger as crianças. Entre as medidas mais desejadas estão a comprovação de identidade na criação de contas e a proibição de publicidade voltada ao público infantil. Essa percepção evidencia a necessidade de uma maior responsabilidade e transparência por parte das empresas no que diz respeito à segurança e bem-estar das crianças online.Preocupação com Vício em Redes Sociais
O estudo também revela que 96% dos pais afirmam que os filhos estão se tornando viciados em redes sociais, reforçando a preocupação com o tempo excessivo gasto online. Essa constatação reflete a crescente conscientização dos pais sobre os potenciais efeitos nocivos do uso prolongado de plataformas digitais, especialmente em crianças em desenvolvimento.Diante desse cenário, fica evidente a necessidade de políticas mais eficazes e a criação de um ambiente digital mais seguro para crianças e adolescentes. Isso envolve a colaboração entre empresas, governos e famílias, a fim de estabelecer diretrizes e ferramentas que permitam um uso mais consciente e controlado da tecnologia pelas crianças.