O aumento nos preços dos alimentos foi atribuído pelo ministro Wellington Dias ao crescimento da renda nas classes sociais mais baixas, que impulsionou o consumo. Esse fenômeno impactou negativamente a popularidade do governo Lula, mas também evidenciou um avanço econômico significativo entre 2023 e 2024.

O ministro explicou que a elevação dos preços está conectada à valorização cambial e à maior demanda global por produtos alimentícios. Ele destacou medidas adotadas para aumentar a produção nacional de arroz e outros itens básicos, além de mencionar o impacto das economias emergentes, como China e Índia, na dinâmica de mercado internacional.

Crescimento Econômico e Alterações no Consumo

A análise ministerial revela que o aumento dos preços dos alimentos não ocorreu isoladamente, mas em conjunto com o crescimento econômico das camadas mais pobres da população. Nos primeiros dois anos do governo, a renda média desses grupos cresceu notavelmente, gerando maior poder aquisitivo e ampliando a demanda por produtos essenciais.

De acordo com as avaliações de Dias, o consumo interno registrou um salto de aproximadamente 30% entre os estratos mais vulneráveis, enquanto a média geral ficou em torno de 11%. Essa expansão reflete diretamente no aumento da procura por alimentos básicos, como arroz e milho, cuja oferta inicialmente não acompanhou o ritmo da demanda. O ministro ressaltou que tal situação é reflexo positivo do fortalecimento econômico desses setores, mesmo que tenha causado repercussões políticas adversas.

Flutuações Cambiais e Influências Globais

Outro fator crucial mencionado por Wellington Dias foi a influência cambial sobre os preços internos. Com o real enfraquecido frente ao dólar, produtos atrelados ao mercado internacional sofreram reajustes significativos, exacerbados por especulações comerciais.

O ministro observou que commodities como milho e café estão sujeitas às variações globais, afetadas pela demanda externa e por eventos geopolíticos. Ele citou exemplos de desafios enfrentados por países asiáticos, como China e Índia, que contribuíram para a volatilidade dos mercados. Apesar disso, o Brasil tem ajustado sua produção agrícola, como demonstrado pela colheita recente de arroz, que já sinaliza uma estabilização dos preços locais. Esses esforços indicam uma recuperação gradual no equilíbrio entre oferta e demanda.