A culinária mineira, conhecida por sua simplicidade e abundância, reflete profundamente a história e cultura do estado, influenciada pelas tradições portuguesa, africana e indígena. No livro "Feijão, Angu e Couve – Ensaio sobre a comida dos mineiros", Eduardo Frieiro destaca o uso de ingredientes locais frescos, como milho, feijão e queijo, além da importância do fogão a lenha na confecção de pratos típicos. Além disso, a gastronomia vai além da mesa, desempenhando um papel essencial na transformação socioeconômica. Este impacto é evidente em iniciativas como o Comida di Buteco, fundado em Belo Horizonte há 25 anos, que não apenas promove a culinária tradicional, mas também impulsiona a economia local.

O escritor Eduardo Frieiro traça um panorama detalhado da culinária mineira, destacando os ingredientes fundamentais que compõem essa identidade gastronômica. O milho, o feijão e o queijo são elementos-chave que definem a riqueza da cozinha regional. O uso do fogão a lenha não só adiciona um sabor único aos alimentos, mas também simboliza as raízes culturais dessa prática culinária. Essa conexão com o passado oferece uma experiência autêntica para aqueles que exploram a gastronomia mineira, sendo uma porta de entrada para entender melhor a cultura local.

Além da preservação das tradições, a gastronomia desempenha um papel crucial na promoção do turismo e no desenvolvimento econômico. Através de roteiros gastronômicos, cidades e países se tornam reconhecidos por seus pratos típicos, gerando demanda por restaurantes e festivais. Em Belo Horizonte, o Comida di Buteco se tornou um exemplo notável dessa dinâmica. Iniciado como uma competição culinária, cresceu para se tornar uma plataforma de transformação social e econômica. Histórias de sucesso, como donos de bares que saíram da falência ou cozinheiras que expandiram seus negócios, ilustram o impacto positivo dessa iniciativa.

Os números impressionantes do Comida di Buteco reforçam seu papel como motor de desenvolvimento. Em 2024, durante o mês do concurso, mais de R$ 350 milhões foram gerados na cadeia produtiva do setor alimentício. Milhares de empregos foram criados, e milhões de visitantes participaram deste evento nacional. A valorização do buteco, outrora estigmatizado, agora representa um ponto de encontro cultural e comercial significativo. Mais de 1.100 petiscos fazem parte deste inventário culinário brasileiro, preservando e celebrando a diversidade gastronômica do país.

A jornada de 25 anos do Comida di Buteco demonstra como uma ideia simples pode evoluir para um movimento transformador. Ao conectar pessoas através da culinária, esta iniciativa continua a regar as sementes lançadas no início do século, promovendo inclusão social e crescimento econômico. A cada edição, novas histórias são contadas, ampliando o legado desta celebração da gastronomia mineira e brasileira.