Se tornar invisível é um antigo sonho da humanidade e várias obras de ficção e fantasia exploram esse conceito das mais diversas maneiras. Porém, à medida que a tecnologia avança, essa capacidade está se tornando algo cada vez mais palpável, graças ao trabalho árduo de cientistas e pesquisadores.
Uma equipe de estudiosos das universidades chinesas de Tsinghua e Jilin desenvolveu algo revolucionário. A partir de um trabalho árduo, eles criaram um manto que possibilitará ao usuário passar incógnito pelos mais diversos lugares sem ser notado.
Os resultados do trabalho acadêmico foram publicados na revista científica _Proceedings of the National Academy of Sciences_ (PNAS). Em seguida, a matéria nos apresenta à ‘metassuperfície’ Chimera, uma invenção inspirada em três seres vivos de sangue-frio.
Eles são o lagarto-dragão-barbudo, a rã-de-vidro e o camaleão. Resumindo, o material do manto consegue superar as camuflagens existentes atualmente e adaptar-se às condições do terreno no qual se insere. Isso só é possível graças à abundância de circuitos entre camadas de tereftalato de polietileno (PET) e vidro de quartzo.
Com isso, o Chimera é capaz de manipular as ondas eletromagnéticas, tornando sua superfície indetectável tanto à luz visível quanto a infravermelhos e raios micro-ondas. Dessa forma, com tal combinação de habilidades, os usos e aplicações do invento são os mais diversos possíveis.
Porém, um dos maiores desafios dos desenvolvedores foi conseguir esconder o calor que o aparelho gera. A solução para isso foi encontrada na natureza, a partir da observação do lagarto dragão-barbudo, que é capaz de controlar a temperatura do seu corpo.
Com isso, houve uma redução das diferenças térmicas para apenas 3,1ºC, tornando o manto invisível até mesmo para itens de medição termográficos. Com o Chimera, a invisibilidade se torna uma área de pesquisa científica bastante promissora, que pode revolucionar a maneira como interagimos com o mundo ao redor e as pessoas nele.