Inflação em Queda: Alimentos In Natura Impulsionam Deflação no Brasil e em Curitiba
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,02% no Brasil e de 0,36% em Curitiba e Região Metropolitana (RMC) no mês de agosto. Essa queda nos preços foi impulsionada principalmente pela redução nos preços de alimentos e bebidas, especialmente os alimentos in natura, que tiveram uma expressiva queda de 14,18% na capital paranaense.Uma Oportunidade de Alívio para os Consumidores
Restabelecimento da Oferta e Demanda
Segundo o economista e assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi, essa queda nos preços reflete o restabelecimento das condições de oferta e demanda de produtos agrícolas, que vinham sendo pressionadas por fatores climáticos adversos no início do ano. "A diminuição de preços em tubérculos, raízes e legumes foi significativa, registrando deflação de 16,31% no Brasil e de 14,18% em Curitiba", explica Dezordi.Essa melhoria nas condições de oferta e demanda é um sinal positivo para a economia, indicando que os efeitos negativos do excesso de chuvas no final do ano passado e início deste ano estão sendo superados. No entanto, o economista alerta para uma nova preocupação: a forte estiagem e queimadas em grandes regiões produtoras do país.Impacto nos Preços dos Alimentos
Apesar da recente deflação nos alimentos, o grupo continua pressionado, com alta acumulada de 17,01% em Curitiba nos últimos 12 meses. Isso significa que, embora os preços tenham recuado no mês de agosto, os consumidores ainda enfrentam um aumento significativo nos custos dos alimentos ao longo do ano.Alguns produtos que tiveram as maiores altas de preço em Curitiba e Região Metropolitana no mês de agosto foram a tangerina (11,95%), o mamão (10,56%) e a banana-d'água (9,95%). Já os itens que registraram as maiores quedas foram a batata-inglesa (-21,05%), a cebola (-13,00%) e a cenoura (-11,53%).Perspectivas para os Próximos Meses
Segundo Dezordi, outro produto de consumo diário das famílias que tende a subir nos próximos meses é a carne, em decorrência das queimadas que prejudicam o pasto. Essa alta nos preços da carne pode representar um novo desafio para os consumidores, que já enfrentaram aumentos significativos nos custos dos alimentos.Apesar dessa preocupação, a recente deflação nos preços de alimentos in natura, como tubérculos, raízes e legumes, pode representar um alívio temporário para os consumidores. Essa queda nos preços reflete a melhoria nas condições de oferta e demanda, indicando que a economia está se recuperando dos efeitos negativos do início do ano.