No bairro de Piatã, na cidade de Salvador, pais de estudantes da Escola Concept têm manifestado insatisfação com os serviços de alimentação oferecidos pela instituição. Desde o início do ano letivo, mudanças no fornecimento de refeições trouxeram descontentamento tanto entre os responsáveis quanto entre os próprios alunos. A principal reclamação gira em torno da obrigatoriedade de contratação de planos de alimentação, sem a possibilidade de levar alimentos de casa, além da qualidade e variedade das refeições fornecidas. Essa prática foi classificada como ilegal por especialistas em direito do consumidor.
Em um contexto marcado pelo debate sobre direitos do consumidor e qualidade de vida escolar, a Escola Concept enfrenta uma onda de críticas relacionadas ao seu serviço de alimentação. Localizada no bairro de Piatã, em Salvador, a instituição alterou recentemente sua prestadora de refeições, contratando a empresa Sapore sem prévio aviso aos responsáveis. No início deste ano, pais começaram a denunciar que as novas condições incluem a obrigação de adquirir pacotes mensais de alimentação, cujo valor pode variar entre R$ 1.076,83 e R$ 11.629,77, dependendo do plano escolhido.
A situação se agrava com relatos de falta de variedade nos cardápios e baixa qualidade dos alimentos servidos. Além disso, a escola proíbe que os estudantes tragam suas próprias refeições de casa, argumentando que segue uma linha específica de alimentação acompanhada por uma equipe de nutrição. Em meio às queixas, alguns responsáveis chegaram a questionar judicialmente essa prática, alegando violação ao Código de Defesa do Consumidor.
Procurada pela imprensa para esclarecer as acusações, a Escola Concept ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Enquanto isso, o Procon-BA informou que está ciente da situação e enviará uma equipe de fiscalização para apurar os fatos. O órgão ressaltou que qualquer imposição de serviços ao consumidor é considerada abusiva e ilegal.
Desde funcionários até alunos, todos parecem compartilhar da mesma frustração com o atual sistema de alimentação, indicando que o problema vai além das simples reclamações dos pais.
Diante dessa controvérsia, surge a questão: até que ponto as instituições de ensino podem impor regras que afetam diretamente o bem-estar de seus alunos? Este caso ilustra claramente a necessidade de maior transparência e diálogo entre escolas e famílias. As práticas comerciais abusivas, como a venda casada, devem ser combatidas para garantir que os direitos dos consumidores sejam respeitados. Espera-se que a intervenção do Procon-BA traga soluções justas e eficazes para resolver este impasse.