Um tribunal do Paraná decidiu que um casal residente em Curitiba deve pagar uma multa por não cumprir obrigações legais relacionadas à educação e saúde de seus três filhos. A decisão enfatiza a necessidade de matrícula em escolas regulares, rejeitando o ensino domiciliar como alternativa válida no Brasil atualmente. Além disso, foi apontada a falta de vacinação contra a covid-19 como outro ponto preocupante. Os pais enfrentaram advertências anteriores do Conselho Tutelar, que ressaltou a ausência de fundamentação legal para suas escolhas educacionais.
A família argumentava que as crianças recebiam instrução adequada através de métodos não convencionais, como livros didáticos, aulas de inglês, visitas culturais e atividades físicas em parques. No entanto, os magistrados destacaram que essas práticas não substituem o ambiente estruturado oferecido pelas instituições educacionais oficiais. O desembargador Ruy Muggiati afirmou que o homeschooling carece de regulamentação específica no país e que a legislação exige a matrícula formal em escolas reconhecidas. Adicionalmente, ele mencionou a importância da imunização infantil, considerada vital para a proteção coletiva.
O direito à educação e à saúde são pilares fundamentais para o desenvolvimento integral das novas gerações. Decisões judiciais como essa reforçam a relevância de políticas públicas que garantam acesso igualitário e seguro à educação e aos cuidados médicos. Ao priorizar a inclusão social e a proteção pública, tais medidas promovem um futuro mais equitativo e saudável para todas as crianças. A adoção desses princípios contribui diretamente para o fortalecimento do bem-estar social e para a construção de uma sociedade mais justa.