O Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA) está liderando uma iniciativa que visa reduzir o desperdício de alimentos durante as refeições e incentivar a construção de pratos mais equilibrados e nutritivos. Com o tema "Comida que vai para o lixo não alimenta ninguém", a campanha já alcançou resultados significativos, com cerca de 130 kg a menos de resíduos descartados no refeitório do hospital. A abordagem educativa busca sensibilizar tanto os funcionários quanto os acompanhantes sobre o impacto social e ambiental gerado pelo desperdício de alimentos.

Localizada no Ceará, a unidade de saúde introduziu um sistema de separação de resíduos em três categorias: cascas e ossos, descartáveis e orgânicos. Além disso, observou-se uma queda na quantidade média de restos descartados por pessoa, passando de 41g em janeiro para 31g em março. Esses números refletem o compromisso crescente dos usuários do refeitório em adotar hábitos mais responsáveis.

A gerente de nutrição do HGWA, Carolina Drummond, explicou que a campanha foi idealizada tendo em vista princípios como sustentabilidade e responsabilidade socioambiental. “Nosso objetivo é reduzir ao máximo os resíduos produzidos no refeitório enquanto ensinamos formas práticas de montar pratos saudáveis”, disse ela. Para isso, foi instalado um totem informativo representando uma funcionária da unidade, destacando o volume mensal de lixo produzido no local.

As próximas etapas da campanha incluem demonstrações visuais do volume total de resíduos gerados e estimativas de quantas pessoas poderiam ser alimentadas com esses alimentos perdidos. Haverá também intervenções diretas na fila do refeitório, onde serão distribuídas informações sobre o impacto ambiental associado ao desperdício. Frases reflexivas estarão presentes nas mesas e balcões de distribuição, incentivando as pessoas a reconsiderarem suas escolhas antes mesmo de começarem a compor seus pratos.

No campo da nutrição, o Ministério da Saúde recomenda uma divisão equilibrada nos principais pratos: metade devem ser vegetais crus ou cozidos, coloridos e ricos em nutrientes; um quarto deve conter proteínas magras como carnes, feijão e ovos; e o restante deve ser destinado a carboidratos integrais. Carolina Drummond destaca que, frequentemente, essa proporção é invertida pela população, que consome excessivamente carboidratos e poucos vegetais.

Iniciativas como esta mostram o potencial transformador das instituições de saúde em promover mudanças positivas na sociedade. Ao educar sobre o valor dos alimentos e seu papel no bem-estar individual e coletivo, o HGWA está contribuindo para um futuro mais sustentável. A campanha continua a evoluir, esperando-se que inspire outros hospitais e comunidades a adotarem práticas similares.