Os produtos tradicionais da Semana Santa, como o bacalhau e o azeite, sofreram aumentos significativos em seus preços. Esse fenômeno tem levado consumidores a reconsiderarem suas escolhas alimentares durante as festividades. A alta nos custos desses itens essenciais tem forçado famílias a adaptar seus cardápios, optando por alternativas mais acessíveis. Além disso, fatores econômicos, incluindo importações, contribuíram para esse cenário.
O aumento de 18% no preço do bacalhau transformou este item, outrora acessível, em um luxo reservado para poucos. Muitos consumidores agora enfrentam a difícil decisão entre preservar tradições familiares ou buscar opções mais econômicas. Essa situação reflete mudanças profundas no comportamento de compra durante a Semana Santa.
O bacalhau, símbolo icônico das refeições de Páscoa, tornou-se inacessível para muitos lares devido ao aumento acumulado de 18%. Este incremento afetou diretamente o planejamento de cardápios, obrigando famílias a explorar outras opções de peixes menos caros. Nutricionistas, como Cláudia Martins, destacam que essa transição não só altera hábitos alimentares, mas também introduz desafios nutricionais. A necessidade de adaptar receitas antigas pode influenciar tanto a cultura quanto a saúde pública.
Além do bacalhau, outros ingredientes indispensáveis na culinária da Páscoa, como o azeite e os ovos, também registraram aumentos expressivos. O azeite, vital para diversas preparações, viu seu preço subir 74% nos últimos três anos, enquanto os ovos encareceram 51%. Esses números revelam uma pressão crescente sobre orçamentos domésticos.
A elevação dos preços do azeite e dos ovos reflete uma complexa interação de fatores globais e locais. O economista Fábio Bentes aponta que as importações tiveram um papel crucial nessa dinâmica. Com o aumento de custos associados à logística e às flutuações cambiais, estes produtos tornaram-se menos acessíveis. Para os consumidores, isso significa ajustar práticas culinárias cotidianas, desde o café da manhã até as sobremesas típicas da época festiva. Essas mudanças exigem criatividade e flexibilidade, impactando tanto a qualidade quanto a quantidade de alimentos consumidos durante a Páscoa.