Em uma abordagem recente ao tema da pedintagem urbana, autoridades de Uberaba destacaram a crescente presença de profissionais que adotam as ruas como fonte de renda. Durante entrevista no programa Pingo do J, veiculado pela Rádio JM, Terêncio Melo, gerente do Centro Pop e da Abordagem Social, afirmou que muitos indivíduos que solicitam ajuda nos semáforos não estão necessariamente passando por dificuldades financeiras extremas. O secretário municipal de Desenvolvimento Social, Ernani Neri, enfatizou ainda a importância de direcionar esforços para minimizar esse tipo de prática, sugerindo que a população recorra aos serviços sociais caso encontre alguém nessas condições.
No coração de Uberaba, um cenário inusitado tem chamado atenção das autoridades locais. Em meio às movimentadas interseções da cidade, surgiu a preocupação com o aumento do número de pessoas que exercem a pedintagem como ocupação formal. Segundo informações fornecidas pelo gerente do Centro Pop, Terêncio Melo, grande parte desses indivíduos são profissionais experientes, distanciando-se do estereótipo tradicional de pessoas carentes. Para enfrentar essa realidade, o município está desenvolvendo campanhas educativas destinadas a orientar os cidadãos sobre procedimentos adequados quando confrontados com tais situações.
Apoiando essa iniciativa, o secretário Ernani Neri reiterou que a assistência social está pronta para oferecer acolhimento integral a qualquer pessoa que esteja de fato em situação de vulnerabilidade. No entanto, ele alerta que há uma mudança significativa no perfil dos moradores de rua, incluindo agora aqueles que saíram do sistema prisional e carecem de vínculos familiares ou documentação. A Secretaria de Desenvolvimento Social trabalha em conjunto com o Judiciário e outros órgãos para garantir que essas pessoas recebam o suporte necessário, seja através de reintegração social ou retorno às suas origens geográficas.
Números preliminares indicam uma redução considerável no contingente de pessoas vivendo nas ruas de Uberaba. Enquanto no ano anterior eram estimados cerca de 300 casos, agora há expectativa de revisão desse dado durante o primeiro semestre deste ano.
De acordo com Neri, a decisão de permanecer nas ruas é frequentemente uma escolha pessoal, já que o município oferece estrutura completa para atender às necessidades básicas dessas populações.
Essa discussão levanta questões fundamentais sobre como a sociedade deve abordar fenômenos como a pedintagem profissional e a assistência a grupos vulneráveis. É evidente que soluções mais estruturadas e colaborativas entre diferentes setores podem proporcionar resultados mais efetivos. Ao invés de simplesmente oferecer alimentos ou dinheiro, a população pode contribuir diretamente para o fortalecimento das redes de apoio disponíveis na cidade. Assim, promovemos uma transformação mais duradoura e justa para todos os envolvidos.