Vício em Jogos Online: Um Desafio Crescente para Pais e Filhos

O caso de um menino de 12 anos que agrediu a própria mãe após ser repreendido por gastar R$2 mil em jogos online em Patos de Minas, Minas Gerais, ganhou repercussão nacional. Esse incidente alarmante ressalta a importância de os pais monitorarem e controlarem adequadamente o acesso de crianças e adolescentes à internet. Neste artigo, exploramos as orientações de uma especialista sobre como os pais podem lidar com esse desafio crescente.

Orientações Essenciais para Pais Lidarem com o Vício em Jogos Online

Estabelecendo Limites e Monitorando o Uso

Os pais devem estabelecer uma idade mínima apropriada para que as crianças e adolescentes tenham acesso ao ambiente virtual, avaliando sua maturidade e priorizando sua segurança física e emocional. Além disso, é crucial instituir limites saudáveis de uso, como um tempo máximo por semana ou um período delimitado por dia. Para reforçar esses limites, os pais podem adotar medidas como a perda temporária do acesso quando o combinado for descumprido.É importante que os pais fiquem atentos a comportamentos que possam indicar um uso excessivo da internet, como pular refeições, abandonar outras atividades e se afastar do convívio social. Esses sinais podem ser um alerta para a necessidade de uma intervenção mais efetiva.

Monitorando Conteúdo e Promovendo o Diálogo

Além de estabelecer limites, os pais devem monitorar atentamente os conteúdos acessados pelos filhos nas redes sociais e na internet. Mesmo que haja confiança no comportamento do filho, é essencial ficar de olho no que ele está postando e consumindo online. O diálogo honesto e aberto é a melhor maneira de orientar e educar os filhos sobre os perigos e riscos do ambiente virtual.

Lidando com o Vício como uma Dependência

De acordo com a mãe do adolescente agressor, o vício em jogos online do filho se assemelha a uma dependência de drogas, com sintomas de abstinência e uma obsessão por usar os cartões de crédito para fazer compras nos jogos, independentemente do valor. Essa comparação ressalta a gravidade do problema e a necessidade de um tratamento adequado, envolvendo acompanhamento psicológico e o afastamento temporário do ambiente que desencadeia o comportamento.

Prevenindo o Acesso Fácil a Meios de Pagamento

A mãe do adolescente relata que, mesmo com tentativas de bloquear os cartões de crédito, o filho conseguia desbloquear e alterar as senhas, demonstrando sua determinação em acessar os jogos online. Essa facilidade de acesso aos meios de pagamento é um desafio adicional que os pais precisam enfrentar, buscando soluções mais eficazes para restringir o acesso do filho a esses recursos.

Buscando Ajuda e Apoio

Diante da escalada do comportamento agressivo do filho, a mãe do adolescente buscou ajuda do pai, mas não recebeu o suporte necessário. Essa falta de apoio familiar pode ser um obstáculo ainda maior para os pais que enfrentam esse desafio. É essencial que eles busquem orientação profissional, como de psicólogos e conselheiros tutelares, para obter o auxílio e as estratégias adequadas para lidar com essa situação.Em conclusão, o caso do menino de 12 anos que agrediu a própria mãe após ser repreendido por gastar R$2 mil em jogos online é um alerta para a necessidade urgente de os pais se engajarem de forma proativa no monitoramento e controle do acesso de crianças e adolescentes à internet. Adotar medidas como estabelecer limites, monitorar conteúdo, promover o diálogo e buscar ajuda profissional são fundamentais para enfrentar esse desafio crescente e proteger o bem-estar de nossos filhos.