A artista é a primeira a ser apresentada na nova série de reportagens do LIBERAL
Por Stela Pires
04 de fevereiro de 2024, às 10h01 • Última atualização em 04 de fevereiro de 2024, às 10h05
Link da matéria: https://liberal.com.br/cultura/cultura-na-regiao/arte-daqui-conheca-brunna-oliveira-barbarense-que-fomenta-a-cultura-na-regiao-2108019/
Salomé, Maria Madalena, Maria de Nazaré e Espírito Santo. Quem frequentou as últimas edições do Via Crucis, de Santa Bárbara d’Oeste, já teve contato com os talentos da barbarense Brunna Oliveira, que, para o exercício de sua arte, assumiu o segundo “n” em seu nome.
No espetáculo, o público pôde presenciar só algumas vertentes artísticas de Brunna, que transitam entre teatro, dança e canto. “Eu tenho me enveredado por muitos ramos dentro da arte, e eu acho isso legal porque muita gente nem imagina que o artista tem tantas possibilidades assim”, disse.
Brunna é a primeira artista a ser apresentada na série de reportagens “Arte Daqui”, do Caderno L. Nesta iniciativa do LIBERAL, que inicia hoje, a cada começo de mês serão apresentadas personalidades que fomentam a cultura nas cidades da RPT (Região do Polo Têxtil). O seriado tem o intuito de conectar os leitores com aqueles que estão por trás dos personagens, movimentos de danças e vozes.
Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp
A veia artística que acompanhou a atriz e dançarina profissional durante seus 23 anos de vida deu sinais desde a infância. Brunna começou a frequentar o baby class de ballet aos 3 anos graças a uma inquietude observada por sua mãe, Ariadne. “Desde então eu não parei mais”.
Vários outros tipos de dança foram experimentados e praticados, como o hip hop e o k-pop (música pop coreana), assim como vertentes artísticas. As aulas de canto também estiveram em sua vida desde pequena.
O caminho artístico sempre foi incentivado pelos pais de Brunna, que, ao verem as notas não muito boas em matemática e ótimas em arte, decidiram não só reforçar o estudo dos números, mas também o de expressões artísticas.
“Às vezes eu sinto como se eu talvez não estivesse fazendo a coisa certa. […] Se não tivesse esse apoio dentro da minha casa, eu acho que isso iria me reprimir muito enquanto ser humano”, contou. “E tem como ganhar dinheiro fazendo arte, tem como você se sustentar fazendo arte e você não necessariamente precisa ser uma celebridade”.
Siga o LIBERAL no Instagram e fique por dentro do noticiário de Americana e região!
O teatro surgiu em sua vida através do Via Crucis, no qual teve a primeira participação em 2017. Foi nos bastidores e ensaios para o espetáculo que teve contato com outros atores, inclusive profissionais, e começou a adentrar neste universo.
A partir dali, foi convidada a integrar o elenco da peça “Casulo”, da Cia Arte Móvel, de Santa Bárbara, e tantas outras que vieram depois.
Brunna se profissionalizou, conquistou o registro profissional de atriz e fez licenciatura e bacharelado em dança pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Hoje trabalha nas produções da companhia de teatro na qual iniciou a carreira de atriz, onde também ministra aulas de teatro. Além disso, é professora de dança da modalidade k-pop.
Agora, a artista busca a união das suas três paixões, que resultará em sua atuação em teatros musicais. Ela está estudando a linguagem em uma escola em São Paulo. “Eu estou me aprimorando nessa área para que eu possa tanto explorar isso lá fora, na capital, quanto para trazer isso aqui para dentro [região]”.
Aos 12 anos, Brunna conheceu um novo “mundo”. O sucesso viral “Gangnam Style”, do cantor sul-coreano Psy, foi a “ponte” para a artista conhecer o k-pop. Grupos do gênero começaram a aparecer como sugestão para ela, que logo se apaixonou pela cultura.
Ela montou um grupo cover de dança com uma prima, o ICON-E, e rodou eventos na região que envolviam o universo. Com isso, ela também teve a oportunidade de ministrar oficinas de dança de k-pop e sentiu o despertar do amor por ensinar. O resultado foi a escolha da licenciatura em dança.
Em 2021, através da Lei Aldir Blanc, Brunna promoveu o “K-Power Festival”, que envolveu workshops, encontros e competição de dança. Por causa da pandemia, o formato foi online e algo que era local acabou se expandindo e recebendo inscrições do Brasil inteiro.
“A gente queria fazer com que pessoas de todas as cidades da região viessem para cá para se conhecer, trocar e fomentar essa arte que existe dentro desses jovens, que muitas vezes não tem muito como se manifestar”.