Legado afetivo: pais levam filhos a lugares que frequentaram quando crianças
Jul 14, 2024 at 12:01 AM
Brasília: Onde Memórias e Tradições se Entrelaçam
Brasília, a capital do Brasil, é muito mais do que apenas uma cidade planejada. É um lugar onde histórias afetivas se entrelaçam por gerações, onde pais e filhos compartilham momentos inesquecíveis em seus icônicos parques e jardins. Neste artigo, exploramos as conexões emocionais que unem os moradores de Brasília a seus espaços públicos, como o Parque Ana Lídia e o Jardim Zoológico, revelando como esses lugares se tornaram palcos de memórias e tradições que se perpetuam ao longo do tempo.Redescobrir a Magia de Brasília, Uma Geração Após a Outra
Parque Ana Lídia: Onde o Riso Preenche o Ar
O Parque Ana Lídia é um oásis de alegria e diversão em Brasília, onde o riso das crianças ecoa pelos gramados. Alfeu de Oliveira Filho, de 45 anos, guarda lembranças afetivas desse lugar, remontando aos passeios de domingo com seu pai. "Assim como ele, sou apaixonado pela minha cidade. E estar no parque me faz sentir, de fato, em Brasília. Ele gostava muito de nos levar para termos esses momentos, seja na Água Mineral além de outros locais em Brasília, cidade que ele amava", relembra Júnior.Agora, Júnior leva sua filha, Maria Fernanda, de 10 anos, para reviver aqueles dias. "Ela foi a primeira vez ao parque com 1 ano de idade, para uma sessão de fotos. Sempre é muito especial vir aqui e viver isso com ela, pois não tem como não lembrar de quando eu era pequeno. Acho que é algo que também vai ficar marcado para ela". Alfeu costuma compartilhar com Maria Fernanda histórias de quando visitava o local com seu pai. "Ela não conheceu o avô, então, sempre tem curiosidade", diz.Conexões Afetivas: Quando o Passado se Encontra com o Presente
A história da professora Flávia Pinheiro, de 52 anos, natural de Belo Horizonte, também está intimamente ligada ao Parque Ana Lídia. "Meus avós maternos vieram para cá no início da construção de Brasília. Na infância, minhas férias foram aqui em Brasília — no Parque da Cidade, em clubes, no shopping, nos gramados das quadras, onde brincava. Na adolescência, minha mãe decidiu que iríamos morar em Brasília. Aqui casei e tive dois filhos", recorda."Ia muito com minhas tias no parque. Amava brincar no foguete, era uma diversão quando fazíamos o passeio. Meus avós moravam na 312 Norte. Pegávamos um ônibus na W3 e, depois, subir a pé até o parque era uma diversão", completa. Agora, com os filhos adultos, Flávia percebe que ambos ainda gostam de passear pelo Parque da Cidade. "Eles ainda frequentam o Parque da Cidade. Amam correr e fazer caminhadas. Gosto de contar para eles que eu também fazia isso. Assim, vão criando laços, vínculos afetivos, uma identificação com o espaço e com a cidade", destaca.Preservando o Legado: O Jardim Zoológico de Brasília
Além do Parque Ana Lídia, o Jardim Zoológico de Brasília também ocupa um lugar especial no coração dos moradores da capital. Érica da Silva, de 38 anos, sempre adorou Brasília desde pequena e agora quer mostrar as belezas e atrações da cidade para sua filha mais nova, Lara, de 2 anos. "É legal trazer as crianças para cá, é um ponto turístico pouco valorizado", comenta.Para Érica, o Jardim Zoológico era seu lugar favorito quando criança. "Amava o Zoo e espero passar esse sentimento para ela", adianta a chefe de cozinha. A advogada Erika Lenehr, de 56 anos, também guarda memórias afetivas desse espaço. "Amava brincar com minha irmã e meus primos nos imensos gramados do Zoo, além de ver os elefantes, os quais sempre adorei. Sempre levei meus filhos, Bruna e Pedro, para visitá-lo. É muito gratificante você poder ir com seus filhos a um local importante da sua infância, onde você também brincou", ressalta.Agora, com os filhos adultos, Erika faz os passeios com uma família ainda maior. "Ir ao Zoológico na companhia das minhas netas é fantástico. É uma sensação de amor muito grande, é o filho do teu filho, você vê a continuidade da tua existência. Ir na companhia das minhas netas e dos meus filhos, ver eles ali, brincando com seus filhos, é uma continuidade do legado", emociona-se.