
Empresas de tecnologia geram otimismo neste pregão. — Foto: Freepik
O dólar abriu em baixa nesta quinta-feira (22), acompanhando um sentimento mais positivo que domina os mercados internacionais, beneficiando os ativos de risco. O otimismo é puxado pelo bom desempenho das gigantes da tecnologia.
Ontem, a fabricante de chips e semicondutores Nvidia, que virou uma das queridinhas dos investidores e se tornou a quarta maior empresa do mundo, divulgou que seu lucro foi de US$ 12,3 bilhões no quarto trimestre de 2023, acima das expectativas e representando uma alta de 769% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Além disso, também está no radar a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e a nova edição do Boletim Focus, do Banco Central do Brasil (BC), divulgado hoje.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,13%, cotada a R$ 4,9384.
Com o resultado, acumulou:
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice encerrou com uma alta de 0,09%, aos 130.032 pontos.
Com o resultado, acumulou:
Entenda o que faz o dólar subir ou descer
O que anima os mercados neste pregão são os resultados divulgados pela Nvidia na véspera. A receita da empresa de tecnologia disparou 265% no último trimestre em relação ao quarto trimestre de 2022, chegando a US$ 22 bilhões, superando todas as expectativas.
E o boom nos números da companhia pode ser explicado pelo furor com a inteligência artificial. Em nota, o presidente da Nvidia, Jensen Huang, diz que “a nova geração da computação e da IA generativa é um ponto de virada. A demanda está explodindo em todo o mundo por parte de empresas, indústrias e nações”.
Neste contexto, investidores se mostram mais otimistas e com maior apetite por ativos de risco, o que beneficia os mercados de ações no mundo todo, inclusive o Brasil, e ajuda o dólar perder um pouco de força.
Continua no radar, também, a ata da última reunião do Fed, divulgada ontem. O documento indicou que a maior parte dos membros votantes do Fed estava preocupada, na última reunião de política monetária, com os riscos de cortar a taxa básica de juros norte-americana cedo demais.
Além disso, a instituição também tem incerteza sobre por quanto tempo os custos dos empréstimos deveriam permanecer no patamar atual, entre 5,25% e 5,50% ao ano — ainda no maior patamar desde 2001.
No Brasil, o BC divulgou a última edição do Boletim Focus, relatório que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país.
Os economistas elevaram a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 1,60% para 1,68%. Também reduziram as expectativas para a inflação, de 3,82% para 3,81%.